Petróleo: Opep cortará a produção em 2 milhões de barris por dia em novembro

Nesta quarta-feira (5), a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) confirmou o corte de produção de petróleo em 2 milhões de barris por dia (bpd) a partir de novembro.

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Esse é o maior corte em produção de petróleo desde abril de 2020, quando a pandemia de Covid começou. A Opep informa ainda que o acordo de cooperação atual foi estendido até 31 de dezembro de 2023.

Em comunicado após reunião ministerial, a Opep+ justificou a decisão de cortar a oferta “à luz da incerteza que envolve as perspectivas econômicas globais e do mercado de petróleo, e da necessidade de aprimorar a orientação de longo prazo para o mercado de petróleo”.

O cartel ainda decidiu realizar as reuniões ministeriais a cada seis meses – e a próxima será em 4 de dezembro de 2022. O comitê conjunto de monitoramento ministerial (JMCC, na sigla em inglês), por sua vez, deve se encontrar a cada dois meses, mas pode realizar encontros adicionais, aponta o texto.

A Opep+ ainda reforça a importância de que os membros do acordo cumpram totalmente o que foi decidido. Ela estendeu o período de compensação para falhas nesse cumprimento até o fim de março de 2023.

A decisão pode minar um plano do Grupo dos Sete países ricos (G7) para limitar o preço do petróleo russo no mercado global, uma parte fundamental da batalha econômica do Ocidente com Moscou.

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Segundo o Reuters, o CEO da Shell, Ben van Beurden, afirmou que os preços altos do petróleo não se traduzem facilmente em uma mudança nos investimentos, pois poderá levar décadas para projetos relacionados a commodity e a gás comecem a produzir e retornar o dinheiro.

No Energy Intelligence Forum, em Londres, nesta semana, a Shell afirmou que segue se afastando de produtos relacionados a petróleo e gás.

No mesmo evento, o presidente da Saudi Aramco, Amin Nasser, disse que o mercado não está olhando para o fato de que capacidade ociosa global para aumentar a produção de petróleo é baixa.

*Com informações da Dow Jones Newswires

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Ana Clara Macedo

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