Petrobras (PETR4) investirá US$ 40 bilhões no pré-sal, diz Silva e Luna

Sendo a fonte de mais de 70% da Petrobras (PETR4), o pré-sal deve ser alvo de mais de US$ 40 bilhões em projetos até o ano de 2026.

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A projeção foi feita em texto recente de Joaquim Silva e Luna, presidente da Petrobras, intitulado “Pressa no pré-sal” e publicado no Estadão. Nas palavras dele, a até então a estatal  “precisou limitar seus investimentos e, consequentemente, atrasar o desenvolvimento do pré-sal“.

Isso, pois precisava direcionar boa parte de seus recursos para o pagamento de dívidas. Contudo, no momento atual, em que a companhia possui números mais robustos no seu resultado financeiro, há preparo e capacidade para “aproveitar a janela de oportunidade da transição energética”.

A estimativa é de que, no fim dos projetos que constam no planejamento da petrolífera, 79% da produção de petróleo equivalente virá do pré-sal. Nesta região, é localizado o maior ativo em águas ultraprofundas do mundo, o Campo de Búzios, que deve produzir 1,7 milhão de barris de petróleo em 2026, segundo o guidance da companhia.

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“Todo este petróleo vai atender de forma mais competitiva à demanda persistente durante a transição energética. Com o pré-sal, estamos em condições de aumentar nossa participação na oferta mundial de petróleo, oferecendo, ao mesmo tempo, uma fonte de energia menos intensa em carbono. Além disso, os recursos vindos desse petróleo permitirão a nossa preparação para o futuro”, diz o presidente da Petrobras.

“Já anunciamos a ambição de atingir a neutralidade das emissões em nossas operações em prazo compatível com o Acordo de Paris, o que inclui meta de reduzir emissões absolutas em 25% até 2030. E estamos investindo em projetos de descarbonização enquanto avaliamos novas possibilidades de negócio em mercados de baixo carbono”, segue.

Com o investimento bilionário, a estatal prevê “benefícios econômicos e sociais decorrentes da produção de petróleo” no curto e médio prazo, sem deixar que “esses recursos repousem no fundo do mar” e aguardem “a chegada de uma nova era”.

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Petrobras prevê geração de emprego e mais tributos

Ainda no mesmo texto, o executivo destaca que estudos apontam uma proporção de 10 mil empregos diretos e indiretos para cada R$ 1 bilhão investido em negócios de exploração e produção de petróleo.

Silva e Luna também frisou que “o mundo vive um período de mudanças e um desafio coletivo” e que a mudança de matriz energética é inevitável.

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“A produção do pré-sal contribui para a transição: isso porque o petróleo do pré-sal emite muito menos gases de efeito estufa (medidos em CO2 equivalente, CO2e) para cada barril produzido do que a média mundial: 17 kg CO2e por barril produzido no mundo, ante 10 kg no pré-sal. Consumir petróleo produzido com menos emissão é uma oportunidade imediata de reduzir emissões”, afirma.

“Para que os impactos mais graves da mudança do clima sejam evitados, é necessário que ocorra uma profunda redução das emissões de gases de efeito estufa – provocadas, em parte, pela produção e pelo consumo de energia fóssil. Ao mesmo tempo, o crescimento populacional segue acelerado e é necessário garantir acesso à energia para o desenvolvimento social e humano”, conclui.

Atualmente, mais da metade da energia gerada é o petróleo, sendo fonte principal mesmo nos países que preveem uma transição mais acelerada – e a commodity ainda deve ser utilizado por muitos anos, segundo os especialistas.

“A certeza da transição leva a Petrobras a ter pressa no pré-sal. O petróleo vindo dessa camada já é responsável por mais de 70% da produção de petróleo da companhia. É muito, mas sabemos que ainda há relevantes reservas abaixo do oceano e da camada de sal, que podem se transformar em recursos passíveis de ser convertidos em ganhos para toda a população”.

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Eduardo Vargas

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