Petrobras (PETR4): Prates se reúne com empresas do Kuwait e fala em parcerias futuras

O presidente da Petrobras (PETR4), Jean Paul Prates informou em suas redes sociais que a estatal vai trabalhar por parceiras com três empresas do Kuwait: a Kuwait Petroleum (KPC) e suas subsidiárias Companhia de Indústrias Petroquímicas (PIC, na sigla em inglês) e Companhia de Exploração de Petróleo no Exterior do Kuwait (KUFPEC).

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Com relação à última delas, Prates mencionou a possível abertura de uma subsidiária no Brasil. Ele definiu as reuniões que teve com os presidentes das três empresas na manhã deste domingo, 11, como “muito produtivas”.

Segundo fontes, o presidente da Petrobras aproveitou viagem à Índia, para emendar em novo périplo pelo Oriente Médio, onde busca oportunidades de negócio e cooperação para a Petrobras. Em Goa, na Índia, Prates participou da “India Energy Week 2024” e se reuniu com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e outras autoridades estrangeiras e presidentes de grandes empresas do setor.

Depois do Kuwait, a ideia é visitar os Emirados Árabes, a Arábia Saudita e o Catar, alguns países onde ele já esteve recentemente a fim de estreitar laços.

Nem Prates e nem a Petrobras esclareceram o objeto das parcerias envolvendo empresas do Kuwait, mas, a julgar por suas atividades, isso poderia acontecer no negócio tradicional da estatal brasileira – exploração e produção de óleo e gás – ou em petroquímica, área em que a diretoria de Prates já afirmou ter interesse de expandir atuação.

Petrobras: encontro com saudistas busca reforçar acesso a fertilizantes

Quando do encontro com autoridades sauditas no fim de 2023, Prates chegou a falar no lançamento da Petrobras Arábia, espécie de sociedade especificamente voltada ao mercado de fertilizantes, com abertura de fábricas no Golfo Pérsico e no Brasil ao mesmo tempo. Como mostrou o Broadcast em dezembro, o racional por trás é aproveitar as sinergias dos dois países para reforçar seu acesso a fertilizantes.

Enquanto a Arábia Saudita tem larga oferta de insumos nitrogenados, o Brasil tem potássio, ambas matérias-primas essenciais à produção de fertilizantes, assim como o gás natural, detido pelos dois países, mas a preços “muito mais altos” no Brasil. A combinação dessas ofertas, abriria caminho para produção de fertilizantes a preços mais competitivos no País e para importação de volumes seguros da Arábia Saudita, por exemplo.

O principal interlocutor de Prates e da Petrobras no Oriente Médio é o secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, o kuwaitiano Haitham al-Ghais. Dele teria vindo o convite para a atual visita.

Prates e al-Ghais se conheceram em evento da Opep e, meses depois, o secretário-geral da organização veio ao Brasil para uma viagem de uma semana. Semanas depois, o Brasil foi convidado a integrar o bloco livre da obrigação das cotas de corte do grupo.

Segundo fontes, o principal interesse desses países no Brasil e na Petrobras é o desenvolvimento de tecnologias de transição energética e descarbonização na cadeia de hidrocarbonetos, base de sua economia.

Analistas preveem até R$ 27 bi em dividendos extraordinários

Após a divulgação do relatório de produção da Petrobras (PETR4) referente ao quarto trimestre de 2023, a XP Investimentos prevê que a estatal pagará dividendos mínimos de US$ 3,9 bilhões, enquanto os proventos extraordinários podem ser de até US$ 5,5 bilhões (R$ 27,2 bi) para o ano fiscal de 2023. 

“Atualmente, vemos a Petrobras terminando o 2T24 (quando estimamos que os dividendos extraordinários serão pagos) com caixa próximo de US$ 14 bilhões No entanto, considerando a difícil situação fiscal do Brasil e o fato de que o plano estratégico estabeleceu US$ 8 bilhões como “caixa de referência”, a Petrobras poderia pagar ainda mais do que os US$ 5,5 bilhões que supomos”, explica a XP. 

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Segundo a corretora, essa possibilidade de pagamento de dividendos da Petrobras, juntamente com uma aceleração na recompra de ações, responde por boa parte do desempenho superior das últimas semanas de PETR4 e PETR3 em relação a seus pares.

O Citibank, por exemplo, tem a expectativa de que a estatal distribua cerca de 7% de rendimento de dividendos no trimestre (dividendos de 3% + dividendos extraordinários de 4%). O Citi reitera recomendação neutra para a Petrobras, com preço-alvo de US$ 15,00 por American Depositary Receipt (ADR).

A XP ainda projeta para o resultado financeiro da Petrobras no 4T23, um EBITDA de US$ 15,8 bilhões, alta de 17% frente ao trimestre anterior, devido a melhores margens em E&P (exploração e produção) e melhores crack spreads em RTC (refino transporte e comercialização).

Desempenho anual das ações da Petrobras

Cotação PETR4

Gráfico gerado em: 11/02/2024
1 Ano

Com Estadão Conteúdo

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Redação Suno Notícias

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