Petrobras (PETR4): Nome de Magda Chambriard, indicada para presidência será analisado hoje

A indicação do nome de Magda Chambriard para a presidência da Petrobras (PETR4) será analisada nesta terça-feira (21) pelo comitê que analisa os currículos dentro da estatal.

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A indicação dela para presidente da Petrobras aconteceu na semana anterior, após Jean Paul Prates ter sido demitido pelo presidente da república, Lula (PT).

A expectativa é de que ela passe pelo crivo do comitê, dado que não possui nada que denote conflito de interesses ou outro impeditivo em seu currículo.

Após isso, seu nome irá para o Conselho de Administração da Petrobras, que deve aprovar a nomeação ainda nesta semana, na sexta (24).

Atualmente, quem atua como CEO da Petrobras é Clarice Copetti, diretora de assuntos corporativos que ocupa o cargo interinamente até a posse de Magda Chambriard.

A nova presidente assume em meio aos rumores de novos investimentos e de uma possível renovação nas diretrizes da companhia – que pode vir a investir mais pesado em refino, conforme fontes anônimas a par do tema relataram ao Broadcast nesta semana.

Visão ‘pró refino’ de Chambriard preocupa analistas de Petrobras

Tendo seu nome ventilado há pouco tempo, Magda foi recebida com certo ceticismo do mercado justamente por uma linha de pensamento de ‘crescimento da indústria’.

Ex-diretora da Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANP), Chambriard é vista por analistas como uma personalidade ‘pró refino’ – uma linha de gestão que daria vazão para mais investimentos na estatal, aumentando o Capex e reduzindo o caixa da companhia disponível para distribuir dividendos.

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Além disso, ela foi diretora da ANP justamente no governo Dilma Rousseff e é apontada como tendo uma ‘linha de pensamento’ análoga a da então presidente.

“[Magda Chambriard] é uma pessoa com um histórico dentro da Petrobras, mas ela tem um viés puxado para refinarias e transição energética, que não é o mais rentável dentro da Petrobras. Além disso ela atuou na ANP na época do Governo Dilma Rousseff, é alguém que tem um relacionamento junto a esse grupo político”, analisa João Daronco, analista CNPI da Suno Research.

Nesse sentido, o especialista ressalta justamente que a visão de gestão de Chambriard pode eventualmente se traduzir em menos dividendos da Petrobras.

“Um risco são os investimentos, refinarias e transição energética, o que demanda muito dinheiro, muito Capex. Se aumentamos o Capex, o fluxo de caixa livre diminui, o que irá afetar diretamente os dividendos da Petrobras”, explica Daronco.

“O dividendo anunciado não envolve risco nenhum, mas, para frente, o que pode impactar é uma mudança na política de preços, e também uma mudança nos investimentos, uma aceleração nos gastos. Com mais investimentos sobram menos recursos para dividendos. É um cenário que preocupa. Os dois cenários preocupam, tanto pelos investimentos quanto pelos subsídios ou política de preços”, completa o especialista.

Apesar disso, o analista ressalta que o momento é de cautela e de ponderação, destacando que é necessário que investidores ainda aguardem mais sinalizações acerca do futuro da estatal – especialmente pelo fato de que a troca de CEO da Petrobras ocorreu há poucos dias.

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Eduardo Vargas

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