Petrobras (PETR4) arremata 13 blocos em novo leilão da ANP; veja análise
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realizou na terça-feira o leilão de 34 blocos de exploração de petróleo. O principal destaque do leilão foi a Petrobras (PETR4), que arrematou dez blocos na Bacia Foz do Amazonas e três blocos em Pelotas, desembolsando R$ 139 milhões.

Ao todo, são áreas na Foz do Amazonas e também nas bacias de Parecis, Santos e Pelotas, perfazendo 28.359,55 quilômetros quadrados, ao custo total de R$ 989 milhões.
O leilão, realizado dentro da modalidade de oferta permanente, resultou em nove empresas arrematando os 34 lotes, sendo duas nacionais e as demais de exterior, que deverão investir um mínimo de R$ 1,45 bilhão na fase de exploração.
Petrobras (PETR4) arremata 13 blocos; veja análise da Genial
A Genial Investimentos divulgou relatório analisando o resultado e apontou que o resultado reforça a tese de que a Margem Equatorial será colocada em leilão.
De acordo com os analistas, o evento desta terça-feira foi de baixa relevância para a indústria como um todo, pois se tratam de campos marginais com baixo volume de investimentos, mas que a movimentação demonstra o interesse de alguns players pelos ativos oferecidos.
Os analistas destacam que o leilão foi um bom negócio para a ANP, já que os lotes oferecidos na foz do Amazonas apresentaram prêmio de aproximadamente 800% em relação à outorga mínima. “Além disso, a presença de grandes players globais participando do leilão é outro ponto que chama a atenção. Dos 334 lotes oferecidos, apenas 34 lotes foram adquiridos, mostrando seletividade por parte das empresas participantes”.
Os analistas frisam que o leilão, apesar do grande número de lotes oferecido, é de pequeno porte. Para chegar a esta conclusão, basta analisar alguns números, como um bônus de outorga inferior a R$ 1 bilhão.
As áreas concedidas são de menor interesse comercial, sendo acumulações marginais, blocos devolvidos ou mesmo não arrematados de leilões anteriores. De acordo com a diretora-geral interina da ANP, Patricia Baran, houve um ágio de quase 3.000% em áreas da Margem Equatorial e concorrência em 7 dos 19 blocos arrematados.