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Política de dividendos da Petrobras (PETR4) é “motivo de comemoração”, diz BTG

Petrobras (PETR4) - Foto: Agência Petrobras/Geraldo Falcão

Petrobras (PETR4) - Foto: Agência Petrobras/Geraldo Falcão

O BTG Pactual (BPAC11) publicou um relatório nesta quinta (25) sobre o plano estratégico divulgado pela Petrobras (PETR4) para o período de 2022-2026. Na análise dos especialistas do banco, a política de dividendos é algo a se comemorar – mas a recomendação segue neutra, ao preço-alvo de US$ 15.

Entre os motivos que levam ao reforço do posicionamento neutro do banco, os analistas dizem que, apesar do plano estratégico esclarecer os fundamentos da companhia para o futuro próximo, a estatal ainda pode sofrer com ruídos políticos e o próprio planejamento pode se alterar dependendo da configuração administrativa da empresa.

“Se deixássemos a paisagem política do Brasil de lado por um segundo, o recém-revelado Plano Estratégico da Petrobras de 5 anos viria como a coroação do notável progresso alcançou nos últimos anos”, diz o relatório do BTG.

Mas o banco se decepcionou com a curva de produção esperada pela Petrobras, ficando 10% abaixo da expectativa do BTG. “Além disso, espera-se que o pré-sal represente 79% da produção da estatal em 2026, 1p.p. menor que o anterior, sugerindo que o crescimento nesses campos virá em um ritmo um pouco mais lento do que tínhamos esperado e que os frutos de um maior investimento de E&P serão capturados mais adiante.”

Dividendos de até US$ 70 bilhões

Sobre a política de remuneração aos acionistas, a BTG disse que “o fato da Petrobras querer preservar a pedra angular de sua antiga política de dividendos é um motivo para comemorar. Nesse contexto, reiterou um payout de 60% do FCF operacional menos capex, implicando um rendimento de 25% com base em nossa expectativa para 2022”.

A petroleira definiu os seguintes critérios para o pagamento de dividendos:

A Petrobras prevê pagar um montante de US$ 60 bilhões a US$ 70 bilhões para os seus acionistas entre 2022 e 2026, conforme novo plano estratégico.

Dessa cifra de dividendos da Petrobras, serão cerca de R$ 25 bilhões pagos à União, maior acionista da companhia.

A cifra fica em valor próximo dos US$ 50 bilhões a US$ 60 bilhões estimados para o fluxo de caixa de investimento, e acima dos US$ 5 ou 10 bilhões previstos para amortizações e despesas da petroleira.

Petrobras prevê investimentos de US$ 68 bilhões

O Plano Estratégico da Petrobras para esse quinquênio prevê US$ 68 bilhões em investimentos, com a maior parte dos recursos destinada ao pré-sal. Apesar disso, o plano trouxe, pela primeira vez, a intenção da companhia de diversificar o portfólio para reduzir sua dependência de fontes fósseis, priorizando negócios de energia e novos produtos.

Do total de investimentos do novo plano, US$ 57 bilhões serão voltados para a exploração em produção de petróleo e gás natural (E&P), sendo a maior parte (67%) aplicada no pré-sal, que tem maior produtividade. Segundo a Petrobras, a produção do pré-sal deverá responder por 79% do total da companhia em 2026. Para o ano que vem, a meta de produção de petróleo e gás da Petrobras é de 2,7 milhões de barris de óleo equivalente por dia.

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