Petrobras (PETR4) perde R$ 6,5 bilhões no Carf e avalia medidas

A Câmara Superior do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) decidiu que a Petrobras (PETR4) deve pagar uma cifra de R$ 6,5 bilhões em tributação de empresas controladas e coligadas no exterior.

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O julgamento da Petrobras estava empatado e foi resolvido por voto de qualidade – que voltou a existir após ser sancionado em 21 de setembro pelo presidente em exercício à época, Geraldo Alckmin (PSB).

A estatal disse ao Poder360 que ‘avalia medidas’ sobre a decisão do Carf.

Caso a estatal tome a decisão de recorrer nos tribunais, o dinheiro não será imediatamente remetido aos cofres públicos – o que frustra os planos do Ministério da Fazenda, que está em uma encruzilhada para diminuir o déficit fiscal deste e do próximo ano.

As expectativas da pasta são de arrecadar montante de R$ 54 bilhões ainda em 2023 com julgamentos do Carf .

A partir de 2024, senadores vinculados ao governo ventilam a possibilidade de o Carf render R$ 60 bilhões aos cofres públicos todos os anos.

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Quais são os fundos que mais investem na Petrobras (PETR4)?

Empresa com segundo maior peso no Ibovespa, a Petrobras não está apenas no radar dos pequenos e grandes investidores. Faz parte também do portfólio de diversos fundos de investimento. Gestoras como Opportunity, Funcef, Alaska e BB Asset Management são algumas das que aplicam altos montantes de seus cotistas nos papéis da petroleira. Mas será que esses fundos exercem alguma influência na companhia? Qual é a estratégia deles para investirem na estatal?

Segundo dados da Economatica, os cinco fundos com maior participação na Petrobras (PETR4) detêm, juntos, cerca de R$ 1,33 bilhão em ações da companhia. Só o Opportunity Capital FIA, líder dessa lista, tem cerca de R$ 515 milhões em papéis da petroleira na sua carteira. Apesar do alto montante, gestores não creem que esses fundos consigam exercer influência nas tomadas de decisão da empresa.

“Desconheço uma atuação de cada um desses fundos de investimento isoladamente como grandes players na Petrobras. Talvez eles se juntem para formar um bloco afim de indicar conselheiros, coisas desse tipo”, afirma Vitor Duarte, CIO da Suno Asset.

“O fundo precisaria ter uma representatividade muito grande de ações para influenciar em uma empresa tão grande. Empresas desse porte complicam, então acredito que nenhum desses fundos possua lugar no conselho. Isso é mais comum de acontecer em empresas menores, com menos ações em circulação”, completa Mayara Ranni Sekertzis, head de fundos e previdência da Manchester Investimentos.

Naturalmente, cada um desses fundos da Petrobras têm visões e estratégias diferentes. O Opportunity Capital FIA, líder da lista, por exemplo, tem em sua carteiras outras ações como Bradesco (BBDC4), Vale (VALE3), Vivara (VIVA3) e SmartFit (SMFT). Já o BB Ações Petrobras FI, que aparece na quarta colocação, possui apenas ações da petroleira no portfólio.

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Eduardo Vargas

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