Petrobras (PETR4) tem caixa para pagar 100% dos dividendos extraordinários, diz conselheiro

A Petrobras (PETR4) definirá na quinta-feira (25) o destino dos R$ 43,9 bilhões retidos após a divulgação do último balanço trimestral.

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As expectativas eram de que a cifra deveria ser paga em dividendos extraordinários da Petrobras, contudo os bilhões foram retidos em uma reserva de remuneração de acionistas, o que frustrou o mercado e ocasionou uma queda relevante dos papéis PETR4.

Segundo o advogado e conselheiro de administração da Petrobras, Francisco Petros disse ao jornal Valor Econômico, a companhia tem condições de pagar 100% dos proventos.

Em entrevista dada ao Valor, Petros declarou que ‘há caixa’ para a distribuição e isso não prejudicaria os investimentos da companhia.

“Do meu ponto de vista, há caixa e deve-se pagar 100%, e essa minha escolha olha para os objetivos e interesses da companhia”, disse.

O conselheiro ainda acrescentou que o conselho decidiu não distribuir em março e recomendar o tema para apreciação em assembleia: “Essa questão será examinada na assembleia, mas, como eu não pertenço ao governo, não posso opinar”, disse.

A Petrobras já chegou a propor pagar somente 50% do valor em dividendos, mas a decisão só será tomada na próxima quinta, dia 25 de abril.

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Presidente da Petrobras diz que conflito entre Irã e Israel já está precificado no petróleo

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse que os recentes acontecimentos no Oriente Médio, com o ataque do Irã a Israel no último fim de semana, não simbolizam “nada relevante até agora em termos de preço”, fazendo referência ao petróleo. Segundo o CEO da estatal, só deve haver algum “se o conflito virar uma coisa maior que uma rusga”.

O presidente da Petrobras reforçou se tratar apenas de uma análise do ponto de vista de preço, e não no sentido humanitário sobre o conflito em si. A estatal vem acompanhando o caso, mas ainda não identificou nenhum sinal de grande mudança em relação ao preço do petróleo.

“Não aconteceu nada relevante até agora em termos de preço. É só ver o comportamento do preço. Esse conflito no Oriente Médio está de certa forma precificado”, afirmou Jean Paul Prates.

“Se virar uma coisa maior do que uma rusga, aí vai ter impacto no preço”, disse o presidente da Petrobras.

Prates elogiou a política de preços da Petrobras e disse que ela tem sido capaz de manter uma posição segura em relação à variação internacional no preço do petróleo. Ele afirmou que, “mesmo que aconteça um spike aumento rápido no preço, você vai poder ver se é um spike ou novo fator”.

O Prates esteve no Senado nesta terça-feira (16). Passou pelo plenário e reuniu-se com o líder do PT na Casa, Beto Faro (PA).

Depois desse compromisso, falou brevemente, mas evitou comentar a política de distribuição de dividendos da Petrobras. Disse que o conflito entre Irã e Israel não terá nenhuma relação ou impacto sobre a decisão do conselho da Petrobras em relação à divisão ou não dos dividendos.

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Eduardo Vargas

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