Petrobras (PETR4) recebe autorização para perfurar poço na Foz do Amazonas
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A Petrobras (PETR4) informou nesta segunda-feira (20) que recebeu do Ibama a licença ambiental para iniciar a perfuração de um poço exploratório no bloco FZA-M-059, localizado em águas profundas do Amapá.

O bloco está situado a cerca de 500 quilômetros da Foz do Amazonas e a 175 quilômetros da costa, em uma região de mar aberto. Segundo a Petrobras, a sonda já está posicionada no local, e as atividades de perfuração começarão imediatamente, com duração estimada de cinco meses.
De acordo com a companhia, a operação é exclusivamente exploratória e visa coletar informações geológicas para avaliar o potencial energético da região.
O que é a Foz do Amazonas
A Foz do Amazonas está localizada na Margem Equatorial brasileira, uma faixa que se estende do Amapá ao Rio Grande do Norte. A região reúne características geológicas semelhantes às do Suriname e da Guiana, países que registraram grandes descobertas de petróleo nos últimos anos.
Por outro lado, a área também é considerada sensível do ponto de vista ambiental, devido à proximidade com a Floresta Amazônica e à biodiversidade marinha. Por isso, a exploração na região demanda mais monitoramento, além de planos de prevenção a acidentes.
Ibama já havia negado licença para Petrobras (PETR4)
Em 2023, o Ibama já havia negado o pedido de licenciamento ambiental da Petrobras (PETR4), apontando falhas no plano de resposta a emergências e nas avaliações técnicas. Após ajustes e um pedido de reconsideração, a estatal realizou um simulado in loco em agosto deste ano, acompanhado pelo órgão ambiental.
Com a aprovação final, o processo encerra uma tramitação que começou em 2014, quando o bloco FZA-M-059 foi concedido à companhia. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que a decisão foi baseada em critérios técnicos e destacou a importância da Margem Equatorial para a segurança energética do país.
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou em nota que a emissão da licença é “uma conquista da sociedade brasileira” e reforçou o compromisso da empresa com os mais altos padrões ambientais.
“Nesse processo, a companhia pôde comprovar a robustez de toda a estrutura de proteção ao meio ambiente que estará disponível durante a perfuração em águas profundas do Amapá”, disse a presidente da Petrobras (PETR4).