Pague Menos (PGMN3): Aquisição da Extrafarma pode trazer valorização de R$ 3,50 por ação

Após a Pague Menos (PGMN3) anunciar a aquisição da Extrafarma, antes em posse da Ultrapar (UGPA3), analistas da XP, do Goldman Sachs e da Ativa analisaram a movimentação – que criou a segunda maior rede de farmácias do Brasil, com 1.510 lojas – para os dois lados da transação. Para os analistas da corretora, a movimentação pode somar um valor de R$ 3,50 nas ações da rede de farmácia.

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A compra, de acordo com os especialistas da XP – Danniela Eiger, Gustavo Senday e Thiago Suedt – sinaliza a adição de uma avenida de crescimento extra para a Pague Menos.

“A aquisição fortaleceria o posicionamento da Pague Menos para seu público alvo, uma vez que a Extrafarma também foca nas regiões Norte e Nordeste e na classe média expandida e  ainda protegeria a companhia de um potencial competidor entrando em seu mercado”, afirmam. A Raia Drogasil (RADL3) vinha sinalizando desejo de avançar nas duas regiões.

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Além disso, a compra traria ainda muito espaço para sinergias. A Extrafarma já vem passando por uma reestruturação, que apesar das dificuldades, mostra melhora gradual. “Nós vemos a Pague Menos como muito melhor posicionada para liderar essa reestruturação, dada a sua experiência no setor, na região e com o público alvo”, afirmam os especialistas.

Pague Menos estaria pagando barato por Extrafarma

O valuation da aquisição também seria atrativo, com o múltiplo da compra (EV/Ebitda) da Extrafarma, indo de 2,8 vezes a 4,7 vezes, abaixo do da Pague Menos, que é de 14,4 vezes.

Para o Goldman Sachs, a Ultrapar pode estar se desfazendo da Extrafarma por um múltiplo muito abaixo da avaliação. Eles calculam a Extrafarma em um múltiplo de 13 vezes ao se comparar o valor de mercado com o Ebitda projetado para 2022.

A Ativa Investimentos, porém, vê a venda, mesmo com o desconto, sendo positiva para a Ultrapar. “Ainda que o valor represente apenas 40% do valor pago pelo Grupo Ultra em 2014, consideramos a alienação do business positiva para Ultrapar, uma vez que a companhia cessará uma atividade onde vinha perdendo valor ao longo dos últimos anos e utilizará os recursos em sua reorganização”, afirmam

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A aquisição, para a XP, pode levar a uma adição de até R$ 3,5 por ação da Pague Menos, se todas as sinergias forem capturada no topo das estimativas. Ontem, a ação ordinária da rede de farmácias se valorizou R$ 1,03.

PGMN3

A corretora, porém, vê alguns riscos na transação entre Pague Menos e Ultrapar: há o perigo de a reestruturação não ser bem executada, com a perda de foco no caminho, e também de o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) barrar o negócio, uma vez que as duas redes possuem forte presença no Norte e no Nordeste, apesar de ser um cenário difícil.

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Vitor Azevedo

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