Oi (OIBR3) encerra fevereiro com caixa operacional negativo em R$ 1 bi

A Oi (OIBR3) informou nesta quarta-feira (22) que sua geração de caixa operacional líquida foi negativa de R$ 1,023 bilhão em fevereiro deste ano. A informação foi divulgada via relatório do escritório de advocacia Arnold Wald, que está administrando judicialmente a empresa.

Desde abril de 2019, esse foi o maior rombo da Oi. De acordo com a companhia de telecomunicações, o resultado de fevereiro foi impactado pelo pagamento anual de “mediação/fornecedores parceiros” no valor de R$ 457 milhões. Em janeiro deste ano, o caixa operacional da empresa registrou perdas de R$ 413 milhões.

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Os investimentos da empresa em fevereiro atingiram a marca de R$ 748 milhões. O saldo final do caixa financeiro da Oi teve alta de 58% em relação a janeiro, ficando em R$ 5,929 bilhões, por conta da injeção de R$ 3,070 bilhões realizada com a venda da Unitel e a emissão de R$ 2,5 bilhões em debêntures.

Negociações da Tim com a Oi

De acordo com a TIM (TIMP3), mesmo com os impactos econômicos do novo coronavírus (Covid-19), não há razões para não dar continuidade ao processo de compra parcial da Oi (OIBR3). A declaração foi feita pelo CEO da companhia, Pietro Labriola, em reunião com os analistas do setor do Santander (SANB3) na semana passada.

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Após a reunião, o Santander divulgou um relatório, assinado pela analista Maria Tereza Azevedo, o qual diz que “a administração da TIM não vê um bom motivo para não avançar com a potencial consolidação do setor neste momento”.

No dia 11 de março, a subsidiária italiana e a Telefônica (VIVT3), controladora da Vivo, demonstraram interesse em iniciar as negociações para dividirem os ativos da Oi Móvel.

Segundo o fato relevante, as companhias ficariam com uma parcela do negócio, caso esse se concretizasse. Além disso, o documento indica que caso a compra da Oi fosse finalizada criaria “valor a nossos acionistas e clientes através de maior crescimento, geração de eficiências operacionais e melhorias na qualidade do serviço. Além disso, contribuirá para o desenvolvimento da competitividade do setor de telecomunicações brasileiro”.

Juliano Passaro

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