Grana na conta

Oi (OIBR3) cai mais de 3% após rescisão de contrato com a Sky

A Oi (OIBR3) cai 3,28% na Bolsa nesta terça (3), cotada a R$ 0,59. Os papéis da tele repercutem o comunicado divulgado ontem em que a empresa detalha a rescisão de contrato da Sky.

A telecom Oi (OIBR3) – em recuperação judicial – informou, via fato relevante publicando no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta segunda (2), que foi notificada pela Sky sobre a rescisão unilateral do acordo de compra elaborado em abril de 2022, no qual a companhia iria adquirir a Base DTH da Oi e a tele iria prestar à Sky os serviços relacionados à infraestrutura da IPTV.

Segundo o documento publicado pela tele, a Sky alegou que não foram alcançados termos viáveis para a renegociação da transação com a Oi.

Ainda segundo o fato relevante, a Oi afirmou considerar a rescisão unilateral em desacordo com os termos do acordo assinado entre as partes e informou “que iniciará uma nova discussão com a Sky quanto às consequências da referida rescisão unilateral, sendo certo que, caso as subsequentes interações se tornem infrutíferas, avaliará as medidas cabíveis para resguardar os seus direitos”.

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No último dia 26 de setembro, a Oi anunciou acordo com o BTG Pactual (BPAC11) um empréstimo na modalidade “debtor in possession” (DIP) no valor de US$ 300 milhões.

De acordo com a Oi, os recursos serão utilizados primeiramente para o pré-pagamento da integralidade da dívida relativa ao DIP Atual e o saldo remanescente para satisfação da necessidade de capital de giro do Grupo Oi e investimentos para manutenção de suas atividades.

No início de setembro, a Justiça da 7ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro concedeu à Oi a prorrogação do “stay period”, no contexto da recuperação judicial da companhia, segundo comunicado divulgado na quarta-feira (13).

O stay period da Oi consiste na suspensão de ações e execuções existentes contra o devedor e, segundo a decisão, foi adiado pelo prazo de 90 dias. Para a Justiça do Rio, “não há dúvida de que a prorrogação da suspensão das execuções em face das recuperandas [Grupo Oi] é medida adequada, razoável e proporcional para a preservação da empresa, manutenção do equilíbrio econômico e interesse social”, diz o documento.

Ainda de acordo com o texto, não está impedida uma posterior prorrogação, “caso comprovada a necessidade e o preenchimento do requisito legal”.

Oi havia solicitado a prorrogação do stay period por 180 dias, dada a complexidade de sua recuperação judicial. O prazo estipulado, portanto, atende em parte o requerimento da companhia de telecomunicações.

Oi solicitiu financiamento de US$ 300 milhões ao BTG Pactual (BPAC11)

Oi (OIBR3) informou por meio de fato relevante em 26 de setembro que acordou com o BTG Pactual (BPAC11) um crédito na modalidade “debtor in possession” (DIP) no valor de US$ 300 milhões.

Segundo o documento, o financiamento será realizado em uma tranche, ao custo de 13% ao ano, sendo 6% em espécie (PIK) e 7% cash, o que, incluindo fees e taxas, representa, no vencimento, um custo ‘all in’ de 20% ao ano, em dólares norte-americanos ou o equivalente em real.

O prazo de vencimento será em 15 de dezembro de 2024 e a garantia será a alienação fiduciária de 95% das ações de emissão da V. Tal – Rede Neutra de Telecomunicações detidas pela companhia.

Ainda de acordo com a Oi, “os recursos serão utilizados primeiramente para o pré-pagamento da integralidade da dívida relativa ao DIP Atual e o saldo remanescente para satisfação da necessidade de capital de giro do Grupo Oi e investimentos para manutenção de suas atividades”.

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Marco Antônio Lopes

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