Grana na conta

Perspectiva da nota de crédito da Argentina é negativada pela Moody’s

A Moody’s (agência de classificação de risco) reduziu a perspectiva de nota de crédito da Argentina, na última sexta-feira (12).

A Moody’s apontou como motivo para a redução o aumento das incertezas sobre a continuidade da implementação das diretrizes político-econômicas atuais na Argentina, devido as eleições presidenciais do país que acontecem em outubro deste ano.

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Segundo a empresa, “a maior incerteza em relação à implementação contínua de políticas que, ao abordar os desequilíbrios fundamentais da Argentina, restauram o acesso confiável aos mercados de capital internacionais e contêm o risco de maiores danos nos choques cambiais”.

Ela conclui afirmando que junto a isso existe “o aumento do risco de que a própria incerteza política leve a uma mudança material e sustentada na confiança que eleve as pressões de financiamento”.

Dessa forma, a agência reduziu a nota de crédito passando de um cenário estável para um negativo. No entanto, ela ainda manteve a nota em B2.

Saiba mais: Argentina cumpriu a meta fiscal estipulada pelo FMI para o 1º sem

Argentina bate meta do FMI

A Argentina conseguiu cumprir a meta estipulada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para o primeiro semestre deste ano, segundo o ministro da Fazenda argentino, Nicolás Dujovne, na última sexta-feira (12).

Durante o primeiro semestre, a Argentina registrou um superávit fiscal primário (antes de pagar as dívidas) de 30,211 bilhões de pesos, valor acima dos 20 bilhões de pesos acordados com o FMI. Em dólares o superávit do país sul-americano foi de US$ 719 milhões.

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“É a primeira vez em oito anos que o setor público nacional não financeiro tem um primeiro semestre com superávit”, disse o ministro da Fazenda.

De acordo com Dujovne, a estimativa do governo é de que a Argentina tenha um déficit fiscal de -0,3% no Produto Interno Bruto (PIB) de 2019. Ele ainda disse que a meta fiscal para o terceiro trimestre deste ano é de 60 milhões de pesos ou US$ 1,44 bilhões.

Renan Bandeira

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