Neoenergia (NEOE3): grandes dividendos são “improváveis”, diz Bradesco BBI

A Neoenergia (NEOE3) não deve fazer uma distribuição robusta de dividendos a seus acionistas no curto prazo, afirmou o Bradesco BBI em relatório.

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Segundo a casa, por mais que os resultados da Neoenergia ao longo de 2022 tenham sido consistentes, existem preocupações relacionadas à governança corporativa da empresa, incluindo lances agressivos em leilões de ativos.

O BBI enxerga a influência de altas despesas de capital na projeção dos dividendos da Neoenergia.

“Não vemos gatilhos claros para uma reclassificação de curto prazo. Capex (investimento)/alavancagem permanecerão altos por um pouco mais de tempo e, portanto, os dividendos serão um pouco limitados”, dizem os analistas.

A instituição financeira afirmou ainda que a empresa poderia potencialmente vender alguns ativos hidrelétricos, como Belo Monte, tendo a Eletrobras (ELET3) como uma compradora natural.

O Bradesco BBI manteve recomendação neutra para os papéis da Neoenergia, com preço-alvo de R$ 20 para 2023.

As ações da Neoenergia beiravam a estabilidade no final da tarde desta quarta-feira, sendo negociadas a aproximadamente R$ 16 — o que implica potencial de alta de 25%, dado o preço-alvo do BBI.

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Resultados da Neoenergia

A Neoenergia apurou lucro líquido de R$ 1,1 bilhão no segundo trimestre deste ano, alta de 7% em relação ao mesmo período do ano passado.

No acumulado dos seis primeiros meses do ano, o lucro da companhia somou R$ 2,3 bilhões, alta de 14% em base anual de comparação.

O Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda, da sigla em inglês) aumentou 40% no período, alcançando R$ 3,2 bilhões. No semestre, o Ebitda somou R$ 6,4 bilhões, também alta de 40%.

De abril a junho, a receita da Neoenergia teve elevação de 1% em comparação com o mesmo período de 2021, para R$ 9,642 bilhões.

Durante o segundo trimestre, a empresa viu a adição de 309 mil clientes, totalizando R$ 15,9 milhões de unidades consumidoras.

Segundo a Neoenergia, no primeiro semestre os investimentos totalizaram R$ 4,6 bilhões, aumento de 30%. Deste montante, R$ 2,5 bilhões foram aportados no negócio de distribuição e R$ 909 milhões em transmissão, totalizando R$ 3,4 bilhões.

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Laura Intrieri

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