Não haverá mudança no IR e nem aumento no IOF, disse Marcos Cintra

Não haverá mudança na alíquota do Imposto de Renda (IR) no momento, declarou novo secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, nesta sexta-feira (4).

De acordo com Marcos Cintra, uma possível alteração no Imposto de Renda será discutida “posteriormente” e “no tempo correto”.

Imposto de Renda

Em entrevista coletiva após a troca de comando da Aeronáutica, em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciaria até o final da tarde desta sexta a possibilidade de reduzir o valor máximo da alíquota do IR (de 27,5% para 25%).

Além disso, o presidente disse que o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) seria aumentado.

Saiba mais: Bolsonaro diz que alíquota máxima do IR pode ser reduzida de 27,5% para 25%

Entretanto, após se reunir com Bolsonaro na tarde desta sexta, Cintra afirmou à Globo News que a redução do IR será avaliada no momento certo. Além disso, o secretário declarou que essa redução faz parte da reforma tributária.

De acordo com o secretário especial, “não vai haver nada que esteja sendo discutido com relação a alteração no Imposto de Renda. Imposto de Renda é um capítulo da reforma tributária, que vai ser analisado posteriormente, no tempo correto”.

Tabela de Imposto de Renda

Base de cálculo mensal (percentual de alíquota)

  • Até R$ 1.903,98 (isento);
  • De 1.903,99 até 2.826,65 (7,5%);
  • De 2.826,66 até 3.751,05 (15%);
  • De 3.751,06 até 4.664,68 (22,5%);
  • Acima de 4.664,68 (27,5%).

Atualmente, conforme a tabela do IR, são isentos de impostos os contribuintes que possuem renda mensal igual ou inferior a R$ 1.903,98 (contribuição previdenciária descontada).

Entretanto, acima desse valor são calculados alíquotas de 7,5%, 15%, 22,5% e 27,5%.

Imposto sobre Operações Financeiras (IOF)

Na entrevista coletiva em Brasília, Bolsonaro também afirmou que aumentaria a alíquota do IOF em uma pequena fração.

De acordo com o presidente, o motivo do aumento do imposto é a aprovação do projeto que manterá incentivos fiscais para projetos nas áreas da Sudam e da Sudene até 2023.

A lei sancionada por Bolsonaro, foi publicada nesta sexta-feira (4), no Diário Oficial da União.

Em coletiva no Palácio do Planalto, Cintra declarou que não haverá aumento do imposto para compensar o impacto da sanção da lei.

“O impacto em 2019 faticamente e juridicamente não existirá. Juridicamente porque não há necessidade de compensação, não vai se utilizar recursos além do que está previsto no Orçamento de 19”, esclareceu Marcos Cintra.

Renan Bandeira

Compartilhe sua opinião