MXRF11 eleva lucro e mantém dividendos a R$ 0,10 por cota
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O fundo imobiliário MXRF11 reportou resultado líquido de R$ 44,396 milhões em setembro, alta de 3,6% frente a agosto, cravando o melhor trimestre recente. A performance foi sustentada, sobretudo, pela carteira de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), que concentrou a geração de caixa do período e reforçou a resiliência do portfólio diante do juro elevado.
Os dividendos do MXRF11 ficaram em R$ 0,10 por cota, com base na cotação de R$ 9,77 ao fim do mês. A distribuição correspondeu a 83,9% do CDI após impostos, ou 98,71% em base bruta, mantendo o patamar de atratividade frente a alternativas de renda fixa e preservando a previsibilidade do fluxo ao cotista.
Em novembro, a remuneração foi mantida. O pagamento será feito em 14 de novembro, no décimo dia útil, alinhado ao cronograma habitual do fundo. A XP Asset, gestora, havia inicialmente indicado 7 de novembro como data, corrigindo posteriormente a informação sem impacto nos valores distribuídos aos investidores.
A receita consolidada do FII MXRF11 somou R$ 48,638 milhões em setembro, contra despesas de R$ 4,242 milhões. Os CRIs responderam por R$ 43,176 milhões do resultado, enquanto a carteira de FIIs contribuiu com cerca de R$ 4,444 milhões. O segmento de permutas não apresentou movimentação no mês, mantendo a estratégia focada em crédito e fiéis à disciplina de risco.
O fundo mantém reserva de correção monetária próxima a R$ 24,3 milhões, equivalente a R$ 0,0556 por cota, reforçando o colchão para sustentar as distribuições. Entre as compras no primário, destaque para R$ 40 milhões no CRI KSM Nova Milano Log e R$ 33 milhões no CRI Pôr do Sol Sênior, ambos a IPCA + 10% ao ano, além de R$ 15 milhões na nova série do CRI JK Square.
MXRF11: movimentação do portfólio
No secundário, as alienações totalizaram cerca de R$ 189 milhões pelo fundo MXRF11, incluindo papéis como Econ II, GR Group Sr, GAV Sub, FS Infra, HBR e MRV Pro-Soluto. Houve recompras dos CRIs Mateus Sub e BRF Sub, relacionadas à emissão do FII GARE11, gerando retorno aproximado de R$ 6 milhões, entre ganho de capital e correção.
O time de gestão do fundo imobiliário MXRF11 reporta monitoramento contínuo dos emissores de CRIs, avaliando fundamentos e resiliência ao ambiente de juros, e ampliou a exposição a FIIs: R$ 50 milhões adicionais em LPLP11, R$ 78 milhões em GARE11 e cerca de R$ 40 milhões no XPHR Sub, com expectativa de yield acima de IPCA + 16% ao ano.
Entre as vendas, saíram do portfólio do MXRF11 os fundos imobiliários MCLO11, HGRU11 e TELM11, somando R$ 10,2 milhões, levando o total alocado em cotas de FIIs a R$ 602,77 milhões ao fim de setembro.