MRV (MRVE3): ações podem subir mais de 140% em 12 meses, diz BTG
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A MRV (MRVE3) divulgou na noite de ontem o balanço de resultados do segundo trimestre de 2025. Apesar do prejuízo reportado pela companhia, o BTG Pactual publicou na manhã desta quarta-feira (13) um novo relatório apontando potencial de valorização de cerca de 143% para os papéis da empresa nos próximos 12 meses.

No relatório, o banco destacou que a receita líquida consolidada da MRV somou R$ 2,7 bilhões no período, alta de 18% na comparação anual e 6% acima das estimativas. A margem bruta ajustada atingiu 32,8%, avanço de 3,2 pontos percentuais em relação ao mesmo trimestre de 2024.
Além disso, o BTG ressaltou a melhora operacional da companhia no Brasil, especialmente no segmento do Minha Casa Minha Vida (MCMV), e indicou que as perdas da subsidiária Resia, nos Estados Unidos, podem ter chegado ao fim após o prejuízo concentrado no trimestre.
BTG tem recomendação de compra para MRVE3
O BTG manteve a recomendação de compra para ações da MRV, com preço-alvo MRVE3 de R$ 17,00, frente à cotação de R$ 6,99 registrada às 11h50 desta quarta-feira. Isso representa um potencial de valorização de aproximadamente 143% em 12 meses.
“O pior na Resia ficou para trás, já que o prejuízo expressivo do segundo trimestre contempla todos os projetos que serão entregues em 2025 e 2026”, afirmou o banco no relatório.
O documento também ressaltou que a margem bruta ajustada no Brasil ficou em 33,7%, alta de 4,3 pontos percentuais na comparação anual.
A instituição destacou ainda que a alavancagem consolidada permanece elevada, com dívida líquida de R$ 6,1 bilhões, equivalente a 103% do patrimônio líquido. No Brasil, a dívida líquida é de R$ 2,5 bilhões, com relação dívida líquida/patrimônio líquido de 43%.
MRV reporta prejuízo no 2T25
Entre abril e junho, a MRV registrou prejuízo líquido ajustado e consolidado de R$ 774,7 milhões, revertendo o lucro de R$ 29,3 milhões obtido no mesmo período do ano passado. O desempenho foi impactado principalmente pela Resia, que teve prejuízo de US$ 163,7 milhões (R$ 886,8 milhões), incluindo baixa contábil de US$ 144 milhões.
A divisão principal, a MRV, registrou lucro líquido ajustado de R$ 125,5 milhões, avanço de 65% na base anual, impulsionado pelas condições favoráveis do MCMV. A receita líquida consolidada somou R$ 2,708 bilhões, alta de 18%, com a MRV respondendo por R$ 2,525 bilhões, crescimento de 21%.
Entre as demais empresas do grupo, a Urba teve lucro líquido de R$ 5,6 milhões, enquanto a Luggo registrou prejuízo de R$ 18,9 milhões.
Vale ressaltar que essa matéria não representa uma indicação de compra ou venda das ações da MRV (MRVE3).