Minha Casa Minha Vida registra quedas nos lançamentos e nas vendas no 1T23

Os lançamentos e as vendas do Minha Casa Minha Vida (MCMV) tiveram quedas expressivas no primeiro trimestre de 2023 (1T23) em relação ao mesmo período de 2022, de acordo com pesquisa divulgada nesta segunda (29), pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

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Os lançamentos nacionais de imóveis dentro do programa habitacional caíram 41,8%, para 16,8 mil unidades, enquanto as vendas recuaram 37,1%, para 24,8 mil, conforme o levantamento.

Com isso, o MCMV perdeu participação de mercado. Os lançamentos do programa representaram apenas 35% dos lançamentos no começo de 2023 contra 42% no início de 2022. No caso das vendas, essa retração foi de 50% para 34%.

“O Minha Casa Minha Vida perdeu significativamente a proporcionalidade que detinha no mercado imobiliário“, afirmou o presidente da Comissão de Mercado Imobiliário da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Celso Petrucci, durante apresentação realizada nesta segunda.

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Queda do Minha Casa Minha Vida

Para o presidente da CBIC, José Carlos Martins, a queda expressiva dos lançamentos de imóveis residenciais no começo deste ano é um reflexo da visão negativa dos incorporadores sobre os rumos da economia brasileira. “Os números demonstram pessimismo dos empresários com o futuro”, afirmou.

Na sua avaliação, um dos maiores problemas está no nível classificado como “absurdo” da taxa básica de juros da economia (Selic), em 13,75% ao ano. O efeito disso é uma migração de recursos da caderneta de poupança para outras aplicações mais rentáveis, reduzindo a disponibilidade de dinheiro nos bancos para abastecer o crédito imobiliário.

“Os agentes financeiros ficaram mais restritivos na concessão do crédito”, destacou o presidente da CBIC. Vale lembrar que a poupança é a fonte de recursos para a compra e a construção de moradias de médio e alto padrão.

Celso Petrucci ressaltou que o número de lançamentos no primeiro trimestre de 2023 do Minha Casa Minha Vida foi o mais baixo desde meados de 2016. “Ficamos assustados com a redução dos lançamentos”, disse. Se essa situação persistir, o resultado será queda no volume de obras e de empregos no setor ao longo dos próximos anos, acrescentou.

Com Estadão Conteúdo

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Erick Matheus Nery

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