Minerva (BEEF3) vira Top Pick da XP e tem recomendação elevada pelo BofA
A Minerva (BEEF3) entrou no radar de analistas após atualizações recentes de recomendação. A XP elevou a ação para “compra” e escolheu o papel como sua nova Top Pick no setor de Agronegócio, Alimentos e Bebidas. O preço-alvo foi ajustado para R$ 7,90 por ação, com base em múltiplos, ante os R$ 8,40 anteriores.

Segundo os analistas Leonardo Alencar, Pedro Fonseca e Samuel Isaak, da XP, “o valuation oferece uma relação risco-retorno atrativa, com a ação negociando a 4,5x EV/EBITDA para 2025”. Eles também projetam um free cash flow yield de 15,1% para 2026. A equipe aponta ainda que a Minerva é o único nome na cobertura do setor com “momentum de lucros impulsionado por fundamentos favoráveis de oferta e demanda e pela expansão dos ativos recentemente adquiridos”.
Exportações, ciclo do gado e riscos operacionais
O Bank of America (BofA) também revisou sua visão para a Minerva (BEEF3), elevando a recomendação de “underperform” para “neutra”, com preço-alvo mantido em R$ 6, o que representa um potencial de valorização de 25%. Segundo as analistas Isabella Simonato e Julia Zaniolo, a mudança considera “a redução do risco de alavancagem após o aumento de capital de R$ 2 bilhões e a melhora nas margens de exportação de carne bovina”.
A dupla observa que os preços do gado caíram 10% desde novembro de 2024, enquanto os preços da carne bovina para exportação subiram 10% em dólares desde dezembro. Isso elevou a margem spot de exportação para 23% no 2º trimestre, contra 19% no 4º trimestre de 2024.
Apesar da leitura positiva, o BofA destaca pontos de atenção. A alavancagem da empresa segue elevada, com previsão de 2,9x dívida líquida/Ebitda em 2025. Além disso, há riscos ligados à integração dos ativos adquiridos da Marfrig na América do Sul e à aprovação regulatória pendente no Uruguai.
Na análise da XP, mesmo em um cenário adverso, os papéis da Minerva ainda apresenta resiliência. “Mesmo em um cenário extremo, estimamos que a ação estaria negociando a 4,9x EV/EBITDA para 2025 e com um yield de FCF de 9,2% para 2026”, afirmam.