‘Tudo pode acontecer’, diz Bolsonaro sobre a saída do Brasil do Mercosul

O presidente da República, Jair Bolsonaro, informou, na última segunda-feira (25), após a declaração do chanceler Ernesto Araújo, que deseja que o novo presidente da Argentina mantenha o combinado sobre a parte econômica do Mercosul.

A respeito da saída do Brasil do Mercosul, o presidente disse que “tudo pode acontecer”. O ministro da Relações Exteriores já havia dito que a saída do País é uma possibilidade.

“Tudo pode acontecer na vida da gente, né. A gente espera que o que foi acertado com [Maurício] Macri, a parte econômica, continue com o [novo] presidente da Argentina. Nada contra o povo, nada contra o governo, queremos respeito aos contratos”, salientou Bolsonaro aos jornalistas no Palácio do Alvorada.

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O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, informou que a prioridade do governo é o livre-comércio.

“Na hipótese de que não seja possível prosseguir com postulados básicos de uma área de livre comércio com os sócios do Mercosul, o Brasil estudará, não há nenhuma definição de momento, todas as possibilidades para prosseguir na consecução do programa econômico aprovado nas urnas, pelos brasileiros, em 2018″, disse Barros.

“O Brasil, sob a gestão do presidente Jair Bolsonaro, é um país livre para o comércio, para as relações comerciais, e é dentro desse pressuposto que caminha a nossa diplomacia econômica também”, completou o porta-voz.

Saída do Mercosul é uma possibilidade, diz Araújo

Após as declarações de Paula Español, conselheira econômica de Alberto Fernández, o novo presidente da Argentina, Araújo mostrou-se temeroso com o futuro do Mercosul.

Em sua conta pessoal no Twitter, Español disse que apoia o comércio administrado, da mesma forma que Cristina Kirchner governou durante 2007 e 2015. Além disso, a conselheira criticou o acordo entre a União Europeia (UE) e o Mercosul.

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Segundo o Ministro das Relações Exteriores, há duas dimensões rondando o bloco sul-americano. A primeira é a da economia fechada, protecionista e estatizante, a segunda é da visão bolivariana, de um eixo Havana-Caracas-Foro de São Paulo. Segundo ele, “são dois braços do mesmo corpo que pertencem à mesma cabeça”.

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“Uma coisa é política econômica mais fechada ou política externa que rejeite os Estados Unidos. Outra é quando se começa a ver – e todos os sinais vão nessa direção – que se trata de um projeto político regional, hemisférico, continental”, disse.

De acordo com ele, um dos possíveis cenários à seguir é a ruptura com o Mercosul. Não é o plano A, “mas aparentemente há na Argentina uma visão profunda que vai contra os postulados básicos do Mercosul”.

Poliana Santos

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