Marisa (AMAR3): Dono da varejista vira réu na CVM por compra de ações; entenda

Dono da Marisa (AMAR3), o empresário Márcio Goldfarb virou réu em um processo da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por supostamente ter comprado ações da companhia quando não podia. Segundo informações divulgadas nesta sexta (3), o ex-CEO da companhia é um dos acionistas controladores do negócio.

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De acordo com a coluna Capital, do jornal O Globo, a acusação da CVM diz que Goldfarb comprou ações da Marisa menos de quinze dias antes da divulgação do balanço do primeiro trimestre de 2022, feito em 11 de maio.

De acordo com as regras do mercado de capitais, operações dentro desse prazo são vedadas para acionistas controladores, diretores e integrantes dos conselhos de administração e fiscal.

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Documentos disponíveis na página de relações com investidores da Marisa informam que uma pessoa ligada ao grupo controlador adquiriu quase R$ 1 milhão em ações no dia 26 de abril, data limite da vedação prevista pela CVM. Porém, como é de praxe nesses casos, os dados não informam a identidade do comprador.

Márcio Goldfarb conta com 5,8% das ações da empresa, integra o Conselho de Administração e sua família controla a varejista de moda.

Procurada pelo Suno Notícias, a varejista compartilhou um ofício enviado ao mercado no qual disse que prestou informações à CVM sobre o caso.

“A prestação de esclarecimentos e informações para a CVM sobre negociações realizadas por administradores em resposta a ofícios faz parte da rotina de uma companhia de capital aberto com ações admitidas à negociação em mercados organizados no Brasil e a companhia manterá seus acionistas e o mercado informados sobre temas relevantes relacionados ao objeto deste Comunicado ao Mercado”, destacou a empresa no comunicado.

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Marisa investigada na CVM por insider trading

Além desse caso, outro processo na CVM acusa um vice-presidente da Marisa de ter usado informação privilegiada (insider trading) para comprar ações da companhia poucos dias antes do balanço financeiro do terceiro trimestre de 2021.

O caso foi revelado pelo O Globo em dezembro de 2022 e, na ocasião, a empresa disse que “não foi comunicada sobre qualquer decisão da CVM sobre a prática de insider trading“.

De acordo com o Status Invest, as ações da Marisa fecharam o pregão de quinta (3) em R$ 1,40. Nos últimos doze meses, os papéis da varejista de moda acumulam uma desvalorização de 56,52%.

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Erick Matheus Nery

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