Magazine Luiza (MGLU3) viu na Steal The Look o conteúdo que faltava

Para o Magazine Luiza (MGLU3), a categoria de moda e beleza tem um potencial grande de crescimento, principalmente pelo canal online. Enquanto o mercado atual gira em torno de R$ 5 bilhões, há outros R$ 62 bilhões a serem conquistados apenas pela varejista.

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Acontece que a venda por esse canal não acontece mais da forma tradicional. É preciso que o futuro cliente consuma um bom conteúdo para, só então, tomar uma decisão de compra. É aí que o racional da aquisição da Steal The Look pelo Magazine Luiza, anunciada na quarta-feira (17) fica mais claro.

A plataforma, que produz conteúdo sobre as principais tendências de moda, beleza e decoração, desde 2012, irá fazer a ponte entre as empresas da companhia, como Netshoes, Zattini e Época Cosméticos, os vendedores do superapp do Magazine Luiza e os clientes, ávidos por consumir vídeos, textos e áudios com qualidade.

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“Esses sellers vão poder se colocar dentro desse conteúdo [da Steal The Look]. O consumidor não quer mais ser interrompido por anúncios, então ele busca um conteúdo relevante para ele. E as marcas querem produzir esse conteúdo. Os nossos sellers vão poder fazer parte desse conteúdo comprável”, disse Silvia Machado, diretora-executiva de Moda e Beleza da companhia.

O setor é uma alta aposta da companhia. Não à toa, o Magalu trouxe, ao fim do ano passado, Silvia Machado, ex-CEO da Arezzo, para assumir a gestão de moda e beleza da varejista.

Além da Steal The Loook, a plataforma Push, também envolvida no negócio, vai poder fazer um bate bola com a também recém-adquirida ComSchool para gerar novos negócios no setor de educação.

“O Push auxilia a fazer uma ligação desse público junto a uma outra empresa do grupo, a ComSchool, que tem o propósito de levar educação EaD a empreendedores”, afirmou a executiva do Magazine Luiza.

Confira a entrevista do SUNO Notícias com Silvia Machado, diretora-executiva de Moda e Beleza do Magalu:

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-Vocês disseram que a Steal the Look será uma vitrine importante para o segmento de moda e estilo do Magalu (Época, Zattini e Netshoes) e dos sellers do marketplace. Poderia explicar melhor como e o quão importante é hoje esse segmento dentro da companhia?
O segmento de moda e beleza é um mercado bem significativo no País. Avaliamos esse mercado, hoje, em torno de R$ 220 bilhões entre online e físico e, dentro da nossa visão de digitalizar o varejo brasileiro, não teria como não entrar com relevância dentro desses dois segmentos.

Além do tamanho, esses mercados são onde o cliente compra com uma frequência maior e isso são indicadores e métricas que desejamos aumentar aqui na Magalu. Temos essa meta e esse objetivo de crescer dentro dessas verticais, que começou lá em 2013, com a Época Cosméticos, e cresceu em 2019 com [a compra da] Netshoes.

De lá para cá, a Época deslanchou. E a Netshoes e a Zattini deram uma participação bem significativa aos resultados da Magalu. Nosso objetivo é seguir crescendo.

Sempre tivemos uma abordagem inclusiva de abordar e incluir, a gente não tem um modelo de negócios focada em nicho. A nossa ideia é ter um portfolio muito abrangente de marcas e sellers e criar um ambiente onde vamos oferecer N serviços para sellers e marcas.

Nosso foco é, principalmente, no super app. Entendemos que o app tem uma audiência muito grande, com muitos players investindo no digital. A Magalu e, dentro dessa visão mais ampla, também entende que conteúdo faz parte desse portfólio de serviços.

E por que conteúdo é importante? É importante para todos os mercados. Mas, em moda e beleza, o conteúdo é bem significativo e hoje a consumidora quer entender do produto, entender os componentes do produto, rotinas, consumir muita orientação. E no caso de moda, também um pouco diferente de beleza, diferentes looks, momentos, ocasiões, ela quer entender como fica melhor a peça, etc.

Então, são conteúdos que vão ajudar a consumidora. Do lado dos sellers, essa audiência está consumindo informação e ela confia na Steal The Look ao longo dos anos para trazer informações relevantes e que os sellers devem aproveitar.

Então esse seller vai poder se colocar dentro desse conteúdo. O consumidor não quer mais ser interrompido por anúncios, então ele busca um conteúdo relevante para ele e as marcas querem produzir esse conteúdo. Os nossos sellers vão poder fazer parte desse conteúdo comprável.

-Vocês utilizarão o portal pra captar leads? Além disso, pretendem fazer alguma mudança de conteúdo?
Sim. A audiência da Steal the Look tem muita confiança da plataforma, que foi conquistada nos últimos anos. Nós vamos colocar a Steal The Look dentro das nossas plataformas, e não só trazer quem acessa o portal para nós.

-A compra da Steal pode ser considerada uma tentativa de aproximação do Magalu em relação a geração Z?
O racional da compra da Steal The Look tem menos a ver com uma questão geracional, mas mais com a força de um player que é especialista em moda e comportamento.

Claro que dentro desse contexto, existe uma concentração do público jovem pois a forma é leve e divertida, então tem sim um apelo maior. Eu sempre brinco que, em moda, a questão de idade é uma percepção, pois a forma de consumir é o que diz e há muita gente mais velha que opta por consumir da mesma forma de uma jovem. Mas, ao mesmo tempo, a questão geracional não foi a principal.

-A compra englobou a Push? Quais são os próximos projetos do Magazine Luiza dentro da plataforma?
A Push é uma outra vertente. Lá abordam questões mais relacionadas a empreendedorismo, carreira e comportamento. Então para a gente faz sentido [a compra] a partir do momento que envolve temas e no que a gente quer ser mais relevante.

Para a gente também faz muito sentido trabalhar com a Push. A nossa plataforma conversa com dois públicos, o final, e também sellers e marcas. E aí existem muitos vendedores. Existem muito sellers que não conseguem escalar, são marcas D2C, por exemplo. O ponto positivo é que elas conseguem sair sem grandes barreiras de entrada, mas são poucas as marcas que conseguem escalar. E, para escalar, existem muitas questões que não envolvem apenas o criativo ou o comercial, mas sim do balcão para traz.

O Push auxilia a fazer uma ligação desse público junto a uma outra empresa do grupo, a ComSchool, que tem o propósito de levar educação EaD a empreendedores.

-Quais os próximos passos do segmento de moda no Magazine Luiza?
Tem um pouco a ver com o que eu abri falando. Temos um grande objetivo de desenvolver a plataforma da Magalu, a tornando um pouco mais vertical dentro da nossa proposta.

Tem muita experiência na categoria mais core e é por isso que hoje temos verticais específicas para desenvolver experiências mais próximas dos consumidores e sellers.

Experiência de compra na loja, mix de produtos, conteúdo, comunicação de redes, então é trabalhar de uma forma focada e com equipe especialista nisso.

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Vinicius Pereira

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