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Ações de Magazine Luiza (MGLU3) e varejistas despencam. O que está acontecendo?

Magazine Luiza. Foto: Flickr

Foto Divulgação Magazine Luiza

Em dia de queda no Ibovespa, as ações das empresas do varejo sofrem. Magazine Luiza (MGLU3), Americanas (AMER3) e Via (VIIA3) perderam 6,45%, 4,88% e 6,35%, respectivamente, no fechamento desta terça (26). O que está acontecendo com os ativos?

Nesta terça-feira (26), os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) subiu 0,13% em julho, após ter avançado 0,69% em junho, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Mesmo com desaceleração da inflação, o movimento de alta das empresas visto nas últimas semanas não foi justificado, diz Henrique Tavares, analista CNPI da DVinvest. “A inflação continua alta, no acumulado de 12 meses e continua acima de 11%. Então, a gente continua vendo uma pressão muito alta sobre os custos e o varejo discricionário, representado por essas empresas [Magazine Luiza, Americanas e Via], como não é um consumo essencial, sofre mais”, explica.

Em conjunto a um IPCA-15 abaixo das expectativas, segundo Alexsandro Nishimura, economista, head de conteúdo e sócio da BRA, outros aspectos influenciam a pressão baixista no setor.

“Os papéis da Magazine Luiza, Via e Americanas seguem os pares lá de fora, onde o corte na projeção de lucro do Walmart pesou sobre as ações do setor. Há também o impacto negativo da queda das vendas online no Brasil em junho, pelo terceiro mês consecutivo, segundo dados da MCC/Neotrust, conforme relatório de um grande banco estrangeiro”, afirma o economista.

Outro fator que impacta os papéis do varejo é a projeção de resultados fracos ao longo do ano. “Mesmo com todo esforço para melhora operacional de logística e margens sobre os produtos, as vendas têm se mostrado fracas com as altas taxas de juros, que devem permanecer pelo ano todo e por todo primeiro semestre de 2023″, disse Alexandre Achui, head da Mesa Private de ações e sócio da BRA.

Os ativos estavam sendo encaminhados a uma tendência positiva de curto prazo, conforme Dalton Vieira, analista chefe CNPI-T da DVinvest, há algumas semanas. Porém, nos últimos pregões do Ibovespa, geraram sinalizações negativas nos preços. “São ativos dentro de uma expectativa de baixa de médio a longo prazo“, destacou. “Falando de prazo mais longo, a gente tem uma expectativa negativa ainda. Não há uma sinalização de força por parte de compradores desses papéis.”

A análise de Vieira é que a única forma de uma possível alta, ou de uma tendência de menos pressão para as ações de Magazine Luiza, Americanas e Via, é que haja uma correção por parte dos investidores. Se o mês de agosto tiver, por exemplo, uma oscilação positiva maior que a do mês de julho.

No dia 11 de agosto, Magazine Luiza, Americanas e Via irão divulgar seus balanços do segundo trimestre de 2022 (2T22), após o fechamento do mercado.

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