Magazine Luiza (MGLU3): ações caem 10,7% após balanço e BB-BI rebaixa recomendação

O BB Investimentos viu os resultados do Magazine Luiza (MGLU3)  no primeiro trimestre de 2022 como mistos: por um lado, houve crescimento das vendas e da receita líquida e, por outro, a companhia não registrou ganhos de alavancagem operacional na comparação anual.

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Em relatório divulgado nesta terça-feira (17), o banco de investimentos rebaixou sua recomendação de compra para neutra para as ações do Magazine Luiza e manteve o preço alvo de R$ 7,50 – mas já ressaltou que será feito um novo valuation para considerar os dados do 1T22 e as premissas macroeconômicas para os próximos meses.

Em março, os analistas do banco já haviam revisado as projeções para o Magalu em 2022, com um forte recuo no preço estimado para as ações MGLU3 até o fim de 2022. O valor caiu de R$ 22,90 para R$ 7,50.

“As ações MGLU3 acumulam queda de 26% nos últimos 30 dias. Ao nosso ver, além do impacto negativo decorrente do cenário macroeconômico, o desempenho das ações reflete também a preocupação dos investidores com a capacidade de manutenção de crescimento com rentabilidade, diante da acirrada concorrência e da necessidade de investimentos em serviços para se destacar frente aos pares pressionando a margem operacional“, diz o relatório.

Desempenho das ações do Magazine Luiza em 12 meses. Fonte: BB Investimentos
Desempenho das ações do Magazine Luiza em 12 meses. Fonte: BB Investimentos

 

No pregão de hoje, os papéis da varejista apresentam queda enquanto o Ibovespa vive um dia de alta. Por volta das 16h20 (horário de Brasília) o índice tinha alta de 0,51%, aos 108,7 mil pontos, já as ações do Magazine Luiza apresentavam recuo de 10,79%, avaliadas em R$ 4,01.

Neste ano, a queda do Magalu já chega a 38,4%, enquanto nos últimos 12 meses a desvalorização foi de 76,7%.

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Desempenho do Magazine Luiza no 1T22

Um dos destaques do Magazine Luiza no período de janeiro a março foi o crescimento das vendas brutas totais (GMV, na sigla em inglês), que totalizaram R$ 14,1 bilhões, alta de 13,2% na comparação anual.

Segundo o BB-BI, os números vieram em linha com as estimativas da casa. “Todos os canais contribuíram positivamente para esse aumento das vendas, com destaque para o marketplace, cujas vendas vieram 49,9% superiores a um ano atrás, sobre uma forte base comparativa (alta de 98% a/a no 1T21)”.

Em contrapartida, as vendas nas lojas físicas ainda apresentam dificuldades. No geral, o crescimento foi de 6,2% em um ano, porém o recorte “mesmas lojas” sofreu queda de 2,8% frente ao 1T21, “refletindo um cenário macroeconômico ainda bastante desafiador para a venda de bens duráveis”.

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A receita líquida do Magazine Luiza somou R$ 8,7 bilhões no período de janeiro a março, alta de 6,2% na comparação anual. Porém, as margens não registraram ganhos proporcionais devido ao aumento das despesas com vendas e administrativas como percentual da receita.

Enquanto no 1T21 a proporção de despesas era de 19,9%, neste primeiro trimestre aumentou para 22,2%, “bem como o aumento das perdas com liquidação duvidosa, que sofreram um aumento de 0,3 p.p. como percentual da receita líquida”, indica o relatório do BB Investimentos.

Mesmo com uma recomendação neutra para as ações do Magazine Luiza, o BB-BI ainda indica crescimento para os papéis em 68,5% frente ao último fechamento, de R$ 4,45.

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Monique Lima

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