Lojas Renner (LREN3) reverte prejuízo e lucra R$ 172 milhões

A Lojas Renner (LREN3) divulgou nesta quinta (11) seus resultados referentes ao terceiro trimestre de 2021. A companhia reportou um lucro líquido de R$ 172 milhões entre julho e setembro, revertendo prejuízo R$ 82,9 milhões do mesmo período de 2020.

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O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 435,1 milhões, alta de 507% na comparação com o resultado de 12 meses atrás. Para esse indicador no critério ajustado, o resultado foi de R$ 277,8 milhões, que reverte número negativo em R$ 38,2 milhões de um ano antes.

A receita líquida das vendas de mercadorias da Renner atingiu R$ 2,3 bilhões, ante R$ 1,6 bilhão do terceiro trimestre de 2020. Assim, teve um aumento de 43,5%.

Em termos de margem, a empresa apresentou recuperação em relação ao ano anterior, mas ainda não atingiu o patamar de 2019. A margem bruta (que mede a rentabilidade do negócio) das operações de varejo foi de 53,3%, alta de 5.6 pontos porcentuais (p.p.) em relação ao terceiro trimestre de 2020 e 1 p.p. abaixo do registrado dois anos antes. Já a margem Ebitda – que mede a eficiência operacional do negócio, foi de 11,7%, 14 p.p. acima do mesmo período de 2020 e 6,6 p.p. abaixo do reportado no terceiro trimestre de 2019.

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Ao Broadcast, o CEO da companhia, Fabio Faccio, disse que é preciso considerar que o ano de 2019 atingiu níveis recordes de margens. “Vivemos uma retomada importante de receitas e a lucratividade também cresceu. Ainda temos margens menores do que no pré-pandemia, mas com retomada de fluxo, de vendas, ganho de mercado, coleções mais assertivas pelo uso de dados, há melhora de resultados. No entanto, temos outros efeitos que mitigamos com essas ações, mas não totalmente”, afirma.

Os outros efeitos que a Renner vê pressionar suas margens são a inflação – no Brasil e no mundo , câmbio depreciado, alta de preços de matéria prima e em combustíveis. Faccio explica que os investimentos da empresa em tecnologia, é possível diminuir a pressão desses fatores, mas, ainda assim, não foi possível voltar aos patamares recordes de dois anos atrás.

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Além do cenário macro, pesam sobre a última linha de rentabilidade da companhia os investimentos que a companhia tem feito. Nos últimos nove meses, a companhia teve um Capex (indicador que mostra o montante de dinheiro despendido na aquisição de bens de capital) de R$ 704,7 milhões. Mais: segundo o CEO da Lojas Renner, a linha de despesas teve de 5% a 7% de investimentos para o futuro.

Renner está confiante para enfrentar inflação

Para o futuro, Faccio se diz otimista, mesmo com um cenário macroeconômico desafiador. “Estamos em cenário difícil desde março de 2020 e os períodos de fechamento do comércio foram os mais desafiadores para nós. Esperamos que no próximo ano a situação de saúde esteja controlada. O aumento de taxa de juros, inflação, e as eleições são pressões negativas, mas quando comparamos com o que já passou, ainda tem expectativa positiva para o segmento”, diz.

A Renner sinaliza ainda que, no período, houve efeitos do ataque cibernético sofrido em agosto, que levou à instabilidade de sistemas, assim como à indisponibilidade das operações digitais por alguns dias. “Nesse sentido, nossos times e parceiros atuaram de forma bastante diligente e o incidente nos mostrou o quanto é importante termos nossos times sempre preparados e planos de proteção e recuperação de negócios atualizados”, diz a empresa.

(Com informações da Agência Estado)

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Bruno Galvão

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