Os sócios da 3G Capital Partners, como Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles, foram ao Credit Suisse pedir recursos para comprar pelo menos R$ 2 bilhões na oferta pública de ações da Lojas Americanas (LAME4). As informações foram publicadas pela “Bloomberg” nesta sexta-feira (14).
Segundo pessoas familiarizadas com o assunto, o grupo usou alavancagem para participar da oferta subsequente de ações (follow-on) de R$ 7,87 bilhões da varejista brasileira no mês passado e manter sua posição de 61% do capital votante da Lojas Americanas.
A estratégia também foi adotada pelo maior acionista da Via Varejo (VVAR3), dona das Casas Bahia e do Ponto Frio; da mesma forma que pelos fundadores da produtora de cosméticos Natura (NTCO3).
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Os investidores se valem de empréstimos para realizar a compra de ações nas ofertas de suas companhias diante da oportunidade de taxas de juros, no Brasil e em outras grandes economias, em mínimas históricas. A estratégia permite o levantamento de recursos para suas empresa, sem diluir suas participações.
Além da Lojas Americanas, Via Varejo e Natura
Luiz Seabra, Guilherme Leal e Pedro Passos, os fundados da Natura, pegaram dinheiro emprestado junto ao Banco Bradesco (BBDC4) para injetar pelo menos R$ 508,1 milhões na fabricante de cosméticos como parte de um aumento de capital de cerca de R$ 2 bilhões, afirmaram fontes à agência.
A companhia, que adquiriu a Avon por cerca de US$ 2 bilhões em ações no início deste ano, procurava reduzir sua alavancagem e elevar sua posição de caixa.
O bilionário Michael Klein, por sua vez, comprou R$ 106 milhões na venda de ações de R$ 4,46 bilhões da Via Varejo em meados de junho, operação que diminuiu sua participação na empresa de 11,6% para 9,9%. O executivo também foi ao Credit Suisse para viabilizar a transação.
De acordo com o empresário, a família Klein, que possui uma participação de 27,4% na varejista, caiu para 22,8% depois da venda de ações.
O Credit Suisse e os tomadores de empréstimos da 3G Capital vinculados às Lojas Americanas, da Natura e da Via Varejo não comentaram as operações de crédito, informou a agência.
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