Localiza (RENT3): BTG mantém recomendação de compra, mas faz alerta
O BTG Pactual divulgou relatório nesta terça-feira (3) em que segue com a recomendação de compra dos papéis da Localiza (RENT3). No entanto, foram feitas ressalvas devido a alguns fatores, como o desempenho mais fraco no setor de veículos usados em maio.

Os analistas atualizaram o monitoramento mensal de preços de carros usados a partir de dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Em maio, os preços de seminovos tiveram uma queda de 0,62%, acentuando o recuo registrado em abril (0,44%). No primeiro trimestre, os números foram positivos em 0,69%.
O BTG pontuou que os números são indicativos e não um diagnóstico exato, já que o mix de vendas da Localiza possui diferença em relação aos modelos que integram a pesquisa
A análise considera os 15 principais modelos do ranking da Fenabrave para vendas diretas nos últimos 18 meses (novembro de 2023 a abril de 2025), com foco em veículos ano-modelo 2023–2025.
“Em nossa visão, a fraqueza observada em maio reflete um mercado de crédito automotivo mais restrito, reajustes menores nos preços de carros novos e uma postura comercial mais agressiva por parte de algumas montadoras, como a chinesa BYD, que estaria oferecendo descontos relevantes em diversas regiões do mundo”, informa os analistas.
Localiza (RENT3): pontos positivos
Outro ponto de destaque dos analistas é a valorização do real nas últimas semanas, que podem ter influenciado a recente dinâmica de preços. O câmbio favorável permite às montadoras reduzir os gastos com insumos importados ou dolarizados.
“Os números de maio também reforçam nossa visão de que a depreciação não deve cair este ano, o que significa que a maior parte da expectativa de crescimento do lucro para o próximo ano virá de cortes na taxa de juros, combinados com preços de aluguel mais altos e volumes resilientes”.
Ao final, o BTG mantém a aposta nos papéis da empresa. “Apesar da piora no mercado de seminovos em maio, seguimos vendo a Localiza como uma das principais beneficiárias da queda dos juros e da melhora do sentimento em relação a empresas domésticas na bolsa brasileira.”