Investidores LGBTQIA+ precisam investir de forma diferente, diz UBS

Na análise do banco UBS, os investidores LGBTQIA+ devem buscar estratégias diferentes de investimentos, uma vez que enfrentam desafios causados pela ausência de plena igualdade jurídica e social em todo o mundo.

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“Embora as principais preocupações dos investidores sejam iguais, independentemente do sexo ou da orientação sexual, os investidores LGBTQIA+ provavelmente terão diferentes necessidades e desafios”, informou o relatório do UBS.

No documento, o banco lista uma série de fatores e implicação para investidores LGBTQIA+. Entre eles estão o menor apoio da família e a menor segurança no emprego. Além disso, são levados a viver em grandes centros urbanos, onde a aceitação é maior, porém o custo de vida é mais alto.

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Família é desafio para investidores LGBTQIA+

Segundo o estudo, muitas pessoas LGBTQIA+ podem sofrer perseguições e preconceito dentro de suas próprias casas. Isso significa que quando jovens têm duas vezes mais chances de não ter onde morar do que o jovem heterossexual, o que pode criar uma insegurança financeira e um legado de dívida que deve ser gerenciado.

A falta de apoio financeiro familiar pode impedir também que as pessoas abram seus próprios negócios. “O financiamento familiar é a maior fonte de investimento para empreendedores. A ‘rede de segurança’ de ter uma família que pode oferecer suporte financeiro no evento de falha também é importante”.

Com isso, as pressões emocionais e financeiras da família podem aumentar a importância de um plano robusto de investimento para atender às necessidades e metas.

Por esse motivo o UBS recomenda uma profunda compreensão de seus valores e o que desejam para organizarem suas finanças. O banco aconselha focar em três estratégias:

  • Liquidez – para fornecer fluxo de caixa para despesas de curto prazo;
  • Longevidade – para necessidades de longo prazo ;
  • Legado – para além das necessidades básicas.

Há evidências que os membros da comunidade LGBTQIA+ tendem a se mover para áreas urbanas, para estar com outras pessoas da comunidade. No entanto, essas áreas têm um custo de vida mais alto do que as áreas rurais.

“Se jovens adultos LGBTQIA+ têm maior probabilidade de viver em áreas urbanas e enfrentar esse custo de vida mais alto, eles são menos propensos a serem capazes de gerar economias do que jovens héteros”.

De acordo com o UBS, os dados de 1990 a 2015 dos Estados Unidos sugere que casais do mesmo sexo em busca de um financiamento imobiliário economizaram um valor de entrada menor que os casais heterosexuais. Além disso, eles tiveram mais dificuldades de ter o financiamento aprovado e pagaram um custo mais alto pelo empréstimo.

Preconceito social pode prejudicar segurança no trabalho

Em muitos países ao redor do mundo, as pessoas LGBTQIA+ podem perder seus empregos por causa de seus relacionamentos. Segundo o UBS, cerca de 70 países criminalizam a comunidade de alguma forma, o que significa que há menos empregos e oportunidades.

“Funcionários LGBTQIA+ estão sujeitos à insegurança e ao preconceito no trabalho e por isso podem não ser capazes de acumular economias de aposentadoria da mesma maneira que outros podem.”

Por esse motivo, o banco recomenda que os investidores gerenciem seus ativos com a estratégia de longevidade — em que os recursos economizados sejam usados para financiar sua aposentadoria.

Além disso, a instituição ressalta que a comunidade conta com diferentes grupos demográficos. Casais de mulheres têm a probabilidade de viver dois anos a mais do que casais heterossexuais e três anos e meio a mais do que casais gays masculinos.

O UBS informa que um casal hétero deveria chegar aos 65 anos tendo poupado 17 vezes seu gasto anual para financiar 20 anos de aposentadoria (dos 65 aos 85 anos). Como para casais de mulheres a longevidade é maior, elas têm que poupar 22 vezes o gasto anual do casa para garantir 30 anos de aposentadoria.

“Os investidores LGBTQIA+ querem ter investimentos que se enquadrem nos valores que eles acreditam. Alguns investidores podem decidir por investir em empresas que têm histórico de direitos e igualdade”, concluiu o UBS.

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Poliana Santos

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