Juros altos encolhem intermediação financeira não bancária pela primeira vez em 13 anos, diz FSB

Em um contexto global de políticas monetárias pressionadas e escalada de juros, o setor de intermediação financeira não bancária (NBFI, na sigla em inglês) registrou uma queda notável que não era vista desde 2009.

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O dado é do Conselho de Estabilidade Financeira (Financial Stability Board, ou FSB, na sigla em inglês), em relatório anual sobre o tema, divulgado nesta segunda-feira (18).

O encolhimento é comparável com o registrado em seu ano de criação pelo G20, em 2009. Na ocasião, o cenário econômico ainda enfrentava os efeitos da crise de 2008 do subprime.

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Intermediação financeira indireta é afetada pela taxas de juros

Em queda em 2022, os ativos sob administração do segmento de intermediação financeira não bancária, são aqueles cujos agentes superavitários são os investidores que adquirem títulos de crédito mobiliários (tais como debêntures e ações) via bolsa de valores, ao invés de uma instituição bancária, como Banco do Brasil (BBAS3) ou Caixa.

Estes ativos caíram 5,5%, a US$ 217,9 trilhões entre 2021 e o ano passado, diante perdas de avaliação em carteiras de ativos a preços de mercado, particularmente em fundos de investimento. Na categoria mais restrita de empresas com potencial para criar riscos à estabilidade financeira, a queda foi de 2,9%, a US$ 63,1 trilhões, conforme o FSB.

A entidade ligada ao G20 acrescenta que as métricas de vulnerabilidade dos principais atores do NBFI permaneceram estáveis. Houve ainda uma redução na proporção de ativos nos balanços de empresas financeiras não bancárias em relação ao total do sistema em emergentes no geral, mas no Brasil essa métrica aumentou 3,3 pontos porcentuais entre 2017 e 2022.

Com informações de Estadão Conteúdo.

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Camila Paim

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