Johnson & Johnson fecha acordo de US$ 1 bi com EUA para vacina contra covid-19

A Johnson & Johnson (NYSE: JNJ), fechou um acordo de US$ 1 bilhão (cerca de de R$ 5,2 bilhões) nesta quarta-feira (5) com o governo dos EUA para garantir a entrega de cem milhões de dose da sua vacina experimental contra o coronavírus (covid-19). A notícia vem à tona em meio a uma corrida global para a produção e distribuição de um medicamento capaz de combater o novo vírus.

De acordo com o contrato, a Johnson & Johnson fabricará e entregará sua vacina experimental SARS-CoV-2 nos EUA. Em um comunicado realizado na quarta-feira, a gigante da saúde norte-americana informou que espera que a vacina experimental entre em estágio avançado em setembro.

O governo dos EUA firmou recentemente uma série de acordos com empresas como Pfizer e Moderna para garantir o acesso à vacina. O acordo com a J&J ocorre após o lançamento de um estudo mostrando que a vacina candidata da empresa gerou uma forte resposta de anticorpos em primatas e forneceu proteção utilizando uma única dose.

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Os dados em relação aos testes com primatas são um passo positivo para a J&J, fornecendo uma vantagem competitiva contra outras vacinas que estão mais adiantadas nos testes, mas que requerem duas doses ao longo do tempo.

A vacina da Moderna custará entre US$ 32 e US$ 37 por dose

O presidente-executivo da Moderna, Stéphane Bancel, afirmou, entretanto, que os acordos de maior volume terão um preço, por dose, mais baixo.”Seremos responsáveis, com um preço bem abaixo do valor durante a pandemia”, disse Bancel.

A Moderna, que está na corrida pela vacina contra o coronavírus, informou, também nesta quarta, que deu início a discussões com diversos países para tratar do fornecimento de seu antídoto. A companhia já chegou a dizer que sua vacina será disponibilizada para uso amplo até o final de 2020.

Veja também: Coronavírus: universidade russa conclui com sucesso teste de vacina

De acordo com especialistas do setor de saúde, para que qualquer vacina contra o coronavírus seja eficaz, os preços tem que ser acessíveis. No entanto, o movimento da Organização Mundial da Saúde para remover a propriedade intelectual e baixar os preços até agora têm recebido apoio limitado dos governos nacionais e nenhum das empresas farmacêuticas.

Daniel Guimarães

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