A JBS (JBSS3) anunciou nesta segunda-feira (25) que o seu conselho aprovou a distribuição de R$ 820,8 milhões em dividendos intercalares, com base no resultado acumulado da companhia até o fim do segundo trimestre de 2025 (2T25). Os recursos serão direcionados para a holding JBS NV (JBSS32), que abriu capital nos Estados Unidos recentemente, conforme divulgado pela própria empresa.
O que são dividendos intercalares?
Os dividendos intercalares são uma forma de distribuição de lucros feita antes da data regular de pagamento, em intervalos entre as assembleias anuais. Isso permite que a JBS (JBSS3) pague dividendos aos acionistas com base nos resultados obtidos ao longo do ano, sem ter que esperar o fechamento do exercício fiscal. Nesse caso, a empresa usará os resultados acumulados até o 2T25 para realizar o pagamento antecipado, proporcionando uma forma mais imediata de retorno aos investidores.
Além dos dividendos intercalares, a JBS também aprovou a distribuição de dividendos intermediários no valor de R$ 326,7 milhões. A companhia explicou que o pagamento dos dividendos intercalares será imputado aos dividendos mínimos obrigatórios relativos ao exercício social que se encerrará no dia 31 de dezembro de 2025. Já os dividendos intermediários têm como origem o saldo de reserva de lucros do balanço patrimonial de 2024.
Com esses valores, a distribuição total de dividendos da JBS para o exercício de 2025 já soma R$ 5,2 bilhões, incluindo o dividendo de R$ 4,4 bilhões já anunciado após o resultado do primeiro trimestre, totalizando R$ 2 por ação ordinária.
Gestão de Caixa e Remuneração ao Acionista
Gilberto Tomazoni, CEO global da JBS, afirmou que as iniciativas de distribuição de dividendos e recompra de ações demonstram que a empresa está “entregando valor” aos seus acionistas. Após pagar US$ 1,2 bilhão em dividendos no segundo trimestre, ele destacou: “A gente está fazendo as duas coisas. A gente está crescendo e, ao mesmo tempo, retornando para o acionista.”
Com relação ao fluxo de caixa, a JBS (JBSS3) registrou um saldo negativo de US$ 55 milhões no 2T25, uma queda de US$ 1,1 bilhão em relação ao ano anterior. A dívida líquida da empresa no final de junho de 2025 foi de US$ 16,5 bilhões, o que representou um aumento de aproximadamente US$ 1,8 bilhão frente ao mesmo período de 2024.
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