Jair Bolsonaro demite Maurício Valeixo, diretor-geral da PF

O presidente Jair Bolsonaro demitiu o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Leite Valeixo, após alguns desentendimentos com o ministro da Justiça, Sérgio Moro ao longo da semana. A informação foi publicada na manhã desta sexta-feira (24) no Diário Oficial da União.

O decreto que confirma a exoneração de Valeixo conta com as assinaturas eletrônicas de Moro e Bolsonaro. Ainda não foi anunciado um novo nome para substituir o cargo deixado pelo diretor-geral da PF. Vale destacar que Moro havia dito a Bolsonaro que pediria demissão caso Valeixo fosse exonerado. As informações foram publicadas na última quinta-feira (23) por colunistas dos veículos “G1” e “GloboNews”.

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É importante destacar também que Valeixo era visto como o braço direto de Sergio Moro no Ministério da Justiça. Os dois trabalharam juntos durante a operação Lava Jato, no Paraná.

Mauricio Valeixo
Maurício Valeixo, ex-diretor-geral da Polícia Federal.

De acordo com pessoas próximas ao assunto, a ideia de Bolsonaro com a saída de Maurício Valeixo é colocar na direção da PF algum nome mais próximo ao mandatário.

Nomes cotados para assumir a direção da Polícia Federal

Entre os nomes cotados para assumir a função estão:

  • Anderson Gustavo Torres, secretário de segurança pública do DF;
  • Alexandre Ramagem, diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que foi coordenador de segurança de Bolsonaro na campanha eleitoral de 2018;
  • Fabio Bordignon, diretor-geral do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), que tem a confiança de Moro.

Bolsonaro começou a se desentender com a diretoria da Polícia Federal depois que foi instaurado um inquérito para investigação de um ato a favor da intervenção militar e do fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF), ocorrido no último domingo (19), em Brasília.

Veja também: Coronavoucher: brasileiros fora do CadÚnico recebem a segunda parcela

Segunda demissão em 8 dias

Esta é a segunda demissão que ocorre no Governo de Jair Bolsonaro em oito dias. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, foi demitido na quinta-feira (16) por ideias contrárias a do presidente em relação as medidas para conter o avanço do coronavírus no Brasil.

Juliano Passaro

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