Itaú (ITUB4) lidera investimento na Liqi, startup de tokenização e criptomoedas

A Liqi, startup que transforma produtos financeiros em tokens por meio de blockchain, recebeu um aporte de R$ 27,5 milhões em uma rodada “Série A” liderada pelo fundo de corporate venture capital do Itaú Unibanco (ITUB4), Kinea Ventures.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2020/10/c2933fcd-relatorio-itau-2.0-1.png


O aporte na Liqi também contou com a participação da Oliveira Trust e do fundo dos criadores do Ebanx, o Honey Island by 4UM.

Fundada há oito meses por Daniel Coquieri, que já havia lançado em 2017 a corretora BitcoinTrade, a startup possui dois produtos:

  • Liqi, corretora que conta com ofertas primárias de tokens emitidos por empresas parceiras e que podem ser adquiridos por investidores, e
  • Tokenize, plataforma B2B que é responsável pela infraestrutura da emissão dos tokens via blockchain.

A empresa pretende utilizar os recursos da rodada para dobrar a equipe em seis meses e expandir o alcance dos serviços. “Desde que criamos a Liqi, nossa missão é conectar blockchain, tokens e criptomoedas ao mercado tradicional financeiro. A Liqi agora passa a ter sócios que aproximam a agenda cripto à regulatória, movimento importante para a viabilização do nosso proposito”, diz o CEO da Liqi.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/04/1420x240-Planilha-vida-financeira-true.png

De acordo com Coquieri, para 2022, a expectativa da startup é transacionar R$ 10 bilhões na emissão de tokens e criptomoedas.

Para isso, novos produtos serão lançados no mercado, voltados ao investidor na plataforma da Liqi, como a abertura da oferta secundária – que é a negociação de investidor para investidor -, uma vertical de NFTs, criptomoedas e outros.

Atualmente, a plataforma negocia apenas ativos que não são regulados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), como operações de recebíveis, NFTs e DEFI (finanças descentralizadas). Há desde tokens para investimentos em times de futebol, a tokens de recebíveis de um contrato de aluguel emitido pela incorporadora Nigri.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/03/Ebook-Acoes-Desktop-1.jpg

Itaú e o blockchain

O interesse do Itaú pelo universo do blockchain já tem um histórico. Em 2018, o banco foi a primeira instituição financeira brasileira a experimentar a tecnologia em um de seus processos. No caso, o registro das negociações de garantias nas operações de balcão de derivativos entre bancos.

No ano passado, a instituição financeira lançou dois produtos de investimentos temáticos: um fundo que investe em empresas com projetos em blockchain e um COE (Certificado de Operações Estruturadas) que investe nas ações da exchange americana Coinbase. Além disso, o banco também distribui os fundos da gestora de criptotativos carioca Hashdex.

A Liqi é a quinta investida do Itaú por meio da Kinea Ventures em um ano de atuação. O fundo já fez aportes nas fintechs Monkey, Paketá, Tenchi e Mola.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2021/09/960x136-1-1.png

Monique Lima

Compartilhe sua opinião