Fusão entre IRDM11 e IRIM11: gestão isenta taxa de performance e explica processo
A Iridium anunciou que abriu mão da taxa de performance do fundo imobiliário IRIM11, que está em processo de fusão com o IRDM11, FII da mesma gestora. A decisão foi anunciada na noite desta segunda-feira (21) e foi uma resposta à reação negativa do mercado à proposta apresentada.

Em live realizada no canal do professor Marcos Baroni, head de fundos imobiliários da Suno, o gestor dos fundos, Yannick Bergamo, explicou que a Iridium decidiu modificar de forma permanente o regulamento do IRIM11. “Pensamos em dar uma carência, mas, diante da reação, preferimos abolir de vez essa taxa”, explicou.
Durante a live, Bergamo reiterou que, no atual momento, a prioridade é obter a aprovação dos cotistas na assembleia geral extraordinária (AGE) em que o IRDM11 pede autorização para realizar a 13ª emissão de cotas, com a intenção de captar até R$ 120 milhões. Os recursos serão usados na aquisição de cotas de um FII monoativo que detém um imóvel considerado estratégico, em São Paulo.
O gestor não deu informações sobre o imóvel devido a um acordo de confidencialidade, mas confirmou que se trata de um imóvel de lajes corporativas em São Paulo. “É um imóvel que enfrenta desafios de vacância, mas vemos potencial de crescimento e valorização para uma posterior venda”, disse Bergamo.
IRDM11 e IRIM11: conheça os dois fundos
Após essa etapa, a Iridium convocará novas AGEs em que cotistas dos dois fundos aprovarão o processo, que culminará na dissolução e liquidação do IRDM11 mediante a integralização da totalidade de seus ativos pelo IRIM11.
A estimativa da gestora é que, ao final do processo, cada 10 cotas do IRDM11 rendam ao investidor 9 cotas do IRIM e R$ 61,80 em dinheiro. Esses valores são aproximados e podem mudar no decorrer do processo.
O IRDM11 é um dos maiores FIIs de papel da B3, com mais de 275 mil cotistas e um patrimônio líquido aproximado de R$ 3 bilhões, ou R$ 82,84 por cota. Desse valor, cerca de 80% estão alocados principalmente em CRIs, com 70% deles atrelados ao IPCA e um spread médio de 8,82% sobre o indexador, segundo o último relatório gerencial.
Já o IRIM11 é um fundo mais novo e menor, com patrimônio de R$ 166 milhões, ou R$ 86,47 por cota, e pouco mais de 2.500 investidores. A diferença é que, por ser um fundo multiestratégia, terá mais liberdade para realizar suas alocações, numa tendência vista recentemente pelo mercado, em detrimento do IRDM11, que tem um modelo de atuação mais engessado.