IRDM11 vai ser incorporado ao IRIM11; veja próximos passos do processo
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Os investidores do IRDM11 e do IRIM11 aprovaram o processo de fusão entre os dois fundos imobiliários. As duas assembleias gerais extraordinárias (AGEs) tiveram resultado favorável à proposta da Iridium, gestora dos FIIs, que agora vai avançar no processo de reorganização.

O próximo passo será a convocação de uma emissão de cotas pelo IRIM11, que será de acordo com o valor patrimonial do momento em que o anúncio for realizado. A captação máxima aprovada para a oferta em AGE é de até R$ 3,5 bilhões. Assim que a oferta for aberta, o IRDM11 vai realizar a integralização das cotas, também pelo seu valor patrimonial, que na última atualização era de R$ 2,918 bilhões.
Após a conclusão desse processo, prevista para meados de dezembro, os atuais cotistas do IRDM11, que são mais de 260 mil, receberão cotas do IRIM11 e eventuais valores em caixa, conforme a proporção a ser anunciada pela Iridium.
Os investidores do IRDM11 também terão de informar seu custo médio, já que a Receita Federal considera que essa amortização é vista como se fosse a venda das cotas do IRDM11. Se o investidor não informar seu custo médio, será usado o menor preço histórico registrado, o que pode gerar um imposto maior e consequentemente um valor em dinheiro menor a receber pelo cotista.
IRDM11: objetivo é construir fundo mais moderno
A Iridium informou que o objetivo com a fusão entre os dois fundos é “consolidar as carteiras de investimento do IRIM11 e do IRDM11, ampliando a escala, liquidez e diversificação da carteira do IRDM11, que passará a deter, de forma combinada, imóveis, CRIs, cotas de outros FIIs e ações ligadas ao setor imobiliário”.
O patrimônio líquido combinado dos dois fundos deve ficar em torno de R$ 3,2 bilhões, e a opção de consolidar as carteiras no fundo menor, com menos cotistas, se deu porque o IRIM11 tem um regulamento mais moderno, já formatado como um FII multiestratégia, ou hedge fund, com mandato para adquirir qualquer tipo de ativo imobiliário.
O IRDM11, ao contrário, é um fundo de papel que pode operar apenas com ativos de crédito, como CRIs e LCIs, além de um percentual limitado de cotas de outros FIIs. Em sua última atualização patrimonial, o FII detinha 79% de seu patrimônio em CRIs e 18% em cotas de fundos imobiliários.