Irã está disposto a negociar com os EUA desde que retirem as sanções

Em mais um capítulo da tensão geopolítica, o Irã se manifestou afirmando estar disposto a negociações desde que os Estados Unidos retirem as sanções econômicas e retornem ao acordo nuclear.

O presidente do Irã, Hassan Rohani, afirmou no último domingo (14) que acredita em “conversações”. “Se eles removerem as sanções, encerrarem a pressão econômica e voltarem ao acordo, estaremos prontos para conversar com a América hoje, agora e em qualquer lugar, contanto que encerrem as intimidações e punições”, disse o presidente.

Além disso, o Rohani afirmou que a estratégia do país persa é tratar os EUA da mesma forma que eles os tratam.

“Mudamos nossa estratégia da paciência para retaliação. Qualquer ação que o outro lado tome, retaliaremos à altura. Se eles reduzirem, nós também vamos reduzir nossos compromisso [com o acordo nuclear]. Se eles os implementarem, nós também implementaremos os nossos”, disse Hassan.

Preocupados com a tensão geopolítica, o Reino Unido se manifestou nesta segunda-feira (15) afirmando que existe uma “janela pequena” de tempo para salvar o acordo.

“O Irã ainda demora um bom ano para desenvolver uma bomba nuclear. Ainda existe uma janela pequena, mas que está se fechando, para manter o acordo vivo”, disse o secretário das Relações Exteriores britânico, Jeremy Hunt.

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Irã ameaça aumentar enriquecimento de urânio

Na última segunda-feira (8), o governo do Irã ameaçou aumentar o enriquecimento de urânio em 20% se os países não contornarem as sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos. Esse aumento continua distante do necessário para a produção de bomba atômica

Dessa forma, os países participantes do acordo nuclear se manifestaram.

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A China disse que “a pressão máxima dos EUA sobre o Irã é a fonte da crise nuclear iraniana. Os fatos demonstram que a intimidação unilateral se torna cada dia mais perigosa e crises ainda mais importante”.

Por sua vez, a União Europeia afirmou que “estamos extremamente preocupado pelos anúncios de que o Irã enriquecerá urânio além do limite previsto no acordo nuclear”.

Poliana Santos

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