O SNFF11, fundo de fundos (FOF) da Suno Asset, ficou entre as principais altas desta segunda-feira (24), dia em que o IFIX renovou mais uma vez a máxima histórica, depois de oscilar nos dois sentidos ao longo da sessão.
Com alta de 1,43%, o SNFF11 fechou em R$ 72,50 por cota,na véspera do dia em que pagará dividendos de R$ 1,10 por cota pelo segundo mês consecutivo. Desde o início do mês, o fundo acumula 3,16% de valorização, considerando o fechamento em R$ 70,28 no fechamento de outubro.
A principal alta do dia foi do VGIP11, que subiu 2,44% e fechou em R$ 77,59. Na outra ponta, o HLSG11 ficou com a maior queda, de 1,96%, negociado a R$ 90,13 no fechamento do dia.
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
Entre os FIIs de maior liquidez, o GGRC11 fechou em alta de 0,10%, a R$ 9,92..enquanto o MXRF11 caiu 0,21%, a R$ 9,55, enquanto o CPTS11 recuou 0,13%, a R$ 7,43. O BTLG11 fechou estável, em R$ 104,05 (0,00%), e o XPML11 avançou 0,09%, a R$ 106,00 — ambos também pagam dividendos nesta terça.
SNFF11 lidera altas; IFIX emenda terceiro recorde
O IFIX renovou a máxima histórica pelo terceiro pregão consecutivo, e fechou nesta segunda em 3.626,28 pontos, alta de 0,02% em relação à marca de sexta-feira. No mês, é o sexto recorde registrado, e a valorização acumulada é de 0,91%.
Depois de abrir em alta e alcançar rapidamente a máxima do dia, o índice de FIIs recuou até chegar ao patamar negativo por volta das 11h. Depois, a cotação se recuperou e ficou no azul até as 14h30, quando voltou a descer e se recuperou apenas no final da sessão.
O economista-chefe da Suno Research, Gustavo Sung, explica que dois temas externos podem impactar a bolsa nos próximos dias, com possibilidade de efeito no mercado de FIIs: a dúvida sobre a decisão de juros nos EUA e o fim do “tarifaço” imposto pelo governo de Donald Trump aos produtos brasileiros.
No caso dos juros, o atraso nos dados oficiais sobre emprego e inflação, devido ao shutdown enfrentado pelo governo norte-americano por 45 dias, tem levado a dúvidas sobre a continuidade do processo. Dados alternativos apontam que a inflação segue pressionada, acima da meta anual de 2%, e que a atividade econômica está acelerada. Ao mesmo tempo, o mercado de trabalho se mostrou bastante enfraquecido nos últimos meses.
Essa combinação tem levado diretores do Fed a divergir sobre a manutenção da taxa básica dos Fed Funds. “A próxima reunião deve ser bastante dividida”, diz Sung, em referência ao resultado do encontro que será realizado em 9 e 10 de dezembro. Segundo ele, se a tendência de queda se mantiver, o mercado brasileiro, como muitos dos emergentes, tende a se valorizar pelo aumento do fluxo de capital estrangeiro, o que pode se refletir em alta também para os fundos imobiliários.
Quanto ao Brasil, com a manutenção da Selic precificada para a última reunião do ano do Copom, o especialista ainda espera uma reação mais consolidada do mercado à retirada do “tarifaço” imposto sobre produtos que ainda estavam com tributação elevada, especialmente carne e café. “Isso retoma a competitividade dos produtos brasileiros, mas não deve impactar os players nacionais no curto prazo”, aponta.
IFIX — resumo do dia 24/11/2026
- Fechamento: 3.626,28 pontos (+0,02%)
- Mínima: 3.622,21 (-0,09%)
- Máxima: 3.629,61 (+0,11%)
- Acumulado da semana: +0,02%
- Acumulado do mês: +0,91%
- Acumulado do ano: +16,37%
A carteira teórica do IFIX é modificada a cada quatro meses pela B3, e conta com 112 fundos imobiliários, entre eles o SNFF11. A seleção de um FII leva em conta fatores como valor patrimonial, regularidade no pagamento de dividendos e liquidez das cotas. A atual composição da carteira valerá até dezembro.
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