Grana na conta

Ibovespa amplia queda e ameaça perder os 130 mil pontos; Petrobras (PETR4) despenca 6% com Prates e GPA (PCAR3) salta 8%

O Ibovespa abriu a sessão desta quarta-feira (28) em queda, e vai mantendo o viés negativo ao longo da sessão. Por volta de 16h10, o índice recuava 1,20% a 130.114 pontos.

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Um dia antes da divulgação do indicador de inflação preferido do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), o PCE de janeiro, o mercado avalia a desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB) americano.

O PIB dos EUA cresceu ao ritmo anualizado de 3,2% no quarto trimestre de 2023, na segunda revisão. O resultado ficou abaixo da estimativa inicial e da previsão de analistas, de alta de 3,3% em ambos os casos.

O sinal é negativo também para as ações ligadas ao minério de ferro, ainda que a commodity tenha fechado em alta em Dalian, na China. O mercado digere a fala do presidente Lula de que a Vale “não pode pensar que é dona do Brasil.”

No mercado local, os investidores analisam o Índice Geral de Preços-Mercado, o IGP-M, que caiu 0,52% em fevereiro, após alta de 0,07% em janeiro.

O petróleo passou a cair nesta nesta tarde, ao passo que a Petrobras ampliou o viés negativo após falas do presidente Jean Paul Prates: Petrobras ON (PETR3) cai 5,02% R$ 41,42 e Petrobras PN (PETR4) tomba 6,15% a R$ 40,01. Já VALE3 cai 1,16% a R$ 66,70.

A maior alta do Ibovespa é de GPA (PCAR3), +8,88% a R$ 4,29, estendendo os ganhos da véspera. Na sequência aparecem BRF (BRFS3), +1,78% a R$ 15,42 e Eneva (ENEV3), +1,73% a R$ 12,93.

Na ponta negativa, as ações preferenciais e ordinárias da Petrobras lideram as perdas. IRB (IRBR3), -5,04% a R$ 39,23 completa o top-3 de piores desempenhos.

Mercado em NY

As bolsas de Nova York operam em queda nesta terça, com os investidores repercutindo os números do PIB dos Estados Unidos.

Confira o desempenho do mercado em NY por volta de 12h15:

  • Dow Jones: -0,24% a 38.880 pontos
  • S&P500: -0,16% a 5.069 pontos
  • Nasdaq: -0,45% a 15.963 pontos

Maiores altas e baixas do Ibovespa

Cotação do dólar

A cotação do dólar hoje avança 0,77% a R$ 4,9726.

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Ações na Europa

As bolsas europeias operam majoritariamente em leve baixa na manhã desta quarta-feira (28), após balanços decepcionantes de grandes empresas da região, incluindo do varejista francês Casino, controlador do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) no Brasil.

Por volta das 6h35 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 recuava 0,18%, a 495,46 pontos.

Durante a madrugada, o Casino, que passa por uma ampla reestruturação em meio ao endividamento elevado, informou que sofreu prejuízo de líquido de 5,66 bilhões de euros em 2023, múltiplas vezes maior do que a perda do ano anterior. No horário acima, a ação do varejista tombava mais de 9% em Paris.

Já em Amsterdã, o papel da ASM International caía 3,4%, após o fabricante de chips holandês revelar queda em sua receita trimestral, em balanço divulgado ontem à tarde.

Por outro lado, a Vodafone subia quase 3% em Londres, após a empresa de telefonia britânica confirmar que está em negociações avançadas para vender sua operação italiana para a Swisscom.

Logo mais, investidores na Europa vão acompanhar pesquisa sobre índices de confiança da zona do euro. Além disso, os EUA divulgam nas próximas horas revisão do Produto Interno Bruto do quarto trimestre de 2023.

Às 6h51 (de Brasília), a Bolsa de Londres caía 0,57% e a de Paris recuava 0,08%. Já as de Milão, Madri e Lisboa tinham perdas de 0,37%, 0,27% e 0,22%, respectivamente. Exceção, a de Frankfurt subia 0,11%.

Bolsas asiáticas fecham em queda, com temor sobre setor imobiliário chinês

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta quarta-feira (28) em meio a preocupações renovadas com o combalido setor imobiliário chinês.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 1,51%, a 16.536,85 pontos, pressionado por ações de incorporadoras. A da Country Garden Holdings tombou 6,5%, após um credor pedir liquidação judicial da companhia pelo não pagamento de um empréstimo superior a US$ 200 milhões. Do mesmo setor, os papéis da Longfor Group e da China Resources Land sofreram perdas de 7% e 4,3%, respectivamente.

Por outro lado, empresas do ramo focadas em Hong Kong avançaram após o governo do território semiautônomo aliviar restrições com o objetivo de impulsionar o setor imobiliário. Foi o caso da New World Development (+2,9%) e da Sun Hung Kai Properties (+0,65%).

Ainda entre as bolsas asiáticas, na China continental, o dia também foi negativo, com provável realização de lucros, uma vez que as bolsas locais acumularam fortes ganhos desde que retomaram os negócios após o feriado do ano novo lunar. O Xangai Composto recuou 1,91%, a 2.957,85 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto teve queda mais expressiva, de 3,79%, a 1.651,49 pontos.

Em outra partes da Ásia, o japonês Nikkei registrou baixa marginal de 0,08% em Tóquio, a 39.208,03 pontos, depois de atingir picos históricos por três pregões consecutivos, e o Taiex caiu 0,49% em Taiwan, a 18.854,41 pontos. Exceção, o sul-coreano Kospi avançou 1,04% em Seul, a 2.652,29 pontos, com a ajuda de ações de semicondutores, de defesa e da indústria automotiva.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou levemente no vermelho hoje, interrompendo uma sequência de quatro sessões positivas. O S&P/ASX 200 apresentou ligeira baixa de 0,03% em Sydney, a 7.660,40 pontos.

Última cotação do Ibovespa

Ibovespa encerrou a sessão de ontem (27) com uma valorização de 1,61%, aos 131.689,37 pontos. A máxima do dia foi de 131.696,37 pontos, enquanto a mínima registrada fora de 129.612,94 pontos. Já o volume de negociação diária foi de R$ 22,1 bilhões.

*Com informações de Estadão Conteúdo

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Guilherme Serrano Silva

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