Ibovespa dispara, renova recordes e ameaça romper os 162 mil em um rali sem fim
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O Ibovespa fechou em alta de 0,41%, aos 161.755,18 pontos, renovando máximas históricas tanto intradia (161.963,49) quanto de fechamento. Na mínima do dia, marcou 161.092,81 pontos. O índice segue forte na primeira semana de dezembro, após já ter encerrado outubro e novembro em recordes.
No mês, acumula +1,69%, na semana +1,69% e no ano +34,48%. O giro financeiro na B3 foi de R$ 26,0 bilhões.
O desempenho foi puxado pelas ações de commodities, com destaque para Vale ON (+3,23%), enquanto o setor financeiro pesou negativamente, especialmente Bradesco ON (-2,57%) e PN (-2,76%).
Destaques do dia no Ibovespa
Maiores altas:
- Usiminas: +7,59%
- Magazine Luiza: +6,14%
- CSN: +5,48%
Maiores quedas:
- Direcional: -2,80%
- Assaí: -2,56%
- Eneva: -2,33%
(Além das duas classes de Bradesco)
Blue chips:
- Petrobras ON: +1,24%
- Petrobras PN: +0,75%
Cenário externo
Em Nova York, os índices fecharam no campo positivo, variando entre 0,17% (Nasdaq) e 0,86% (Dow Jones). Segundo Alison Correia (Dom Investimentos), o apetite global por risco é sustentado pela expectativa de cortes de juros pelo Federal Reserve já na próxima semana, com probabilidade de 90%, o que favorece mercados emergentes.
Dados mais fracos do mercado de trabalho americano também reforçaram essa percepção. De acordo com Luise Coutinho (HCI Advisors), o relatório extraoficial de folhas de pagamento apontou fechamento de mais vagas que o previsto em novembro, aumentando a aposta de corte de 0,25 p.p. na reunião do dia 10 de dezembro.
Cenário doméstico
No Brasil, a inflação em queda fortalece as expectativas de antecipação do início do ciclo de cortes da Selic, possivelmente já em janeiro.
A atenção agora se volta ao PIB do 3º trimestre, que será divulgado nesta quinta-feira (04).
Segundo Marco Noernberg (Manchester Investimentos), o consenso projeta alta de 0,3% frente ao trimestre anterior, indicando continuidade do crescimento, porém em ritmo mais moderado do que no primeiro semestre.
Com isso, o Ibovespa encerra o dia sustentando níveis recordes e carregando expectativas positivas tanto no cenário doméstico quanto internacional.
Com Estadão Conteúdo