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Ibovespa renova máxima histórica: a bolsa brasileira vai continuar subindo?

Ibovespa

Foto: iStock

O Ibovespa renovou sua máxima histórica nesta quinta-feira (3), impulsionado por fatores externos e pelo desempenho de grandes empresas brasileiras. Por volta das 11h, o principal índice acionário da bolsa brasileira alcançou 141.116,95 pontos, com alta de 1,49%. Mais tarde, às 14h50, bateu novo pico intradiário, chegando a 141.300,90 pontos.

A alta do Ibovespa é a maior desde o último recorde registrado em 27 de maio, quando o índice atingiu 140.381,93 pontos.

Por que o Ibovespa está em alta?

A valorização desta quinta-feira foi impulsionada por novos dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos. O relatório oficial de empregos (payroll) mostrou a criação de 147 mil vagas em junho, acima da expectativa de 110 mil. A taxa de desemprego recuou de 4,2% para 4,1%.

Segundo Fernando Gonçalves, especialista em investimentos e sócio da The Hill Capital, esses dados reforçaram a perspectiva de cortes de juros pelo Federal Reserve. Isso favoreceu o apetite global por ativos de risco, beneficiando países emergentes como o Brasil.

“Na minha visão, a forte alta do Ibovespa nesta quinta-feira reflete a combinação de um cenário externo mais favorável e fundamentos internos consistentes”, afirmou Gonçalves. Ele destacou que o Brasil tem se destacado entre os emergentes por oferecer juros reais elevados, câmbio estável e ações negociadas com desconto.

Gigantes da bolsa brasileira, como Vale (VALE3), Petrobras (PETR4) e grandes bancos estão liderando os ganhos do dia. Esses papéis têm peso relevante no índice e se beneficiam diretamente da valorização das commodities e da entrada de capital estrangeiro. “Quando o capital global procura retorno, mercados descontados como o nosso passam a atrair atenção com força”, comenta o sócio da The Hill Capital.

A bolsa vai continuar subindo?

A dúvida agora é se a bolsa vai continuar subindo nas próximas semanas. Para o especialista, o viés segue positivo, mas é possível que haja uma pausa ou correção após o rali recente.

“Esse tipo de consolidação é esperado e não compromete a tendência estrutural, que segue favorável”, destaca. Ele ressalta que o fluxo estrangeiro deve continuar ativo, enquanto os fundamentos locais permanecem atrativos.

Segundo ele, a expectativa de corte de juros nos Estados Unidos continua no radar, e o Brasil permanece bem posicionado nesse cenário. No entanto, dados de inflação e eventuais mudanças na comunicação do Fed ainda podem gerar volatilidade.

Caso o ambiente internacional continue colaborando, Gonçalves acredita que há espaço para o Ibovespa buscar novas máximas. Ele aponta que os resultados corporativos também têm reforçado a confiança dos investidores no mercado brasileiro.

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