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Ibovespa tem dia de ajuste e oscilação e fecha em queda no primeiro pregão de junho

Ibovespa. Foto: iStock

Ibovespa. Foto: iStock

O Ibovespa fechou o primeiro pregão do mês em queda leve, de 0,18%, e terminou a segunda-feira (2) em 136.786,65 pontos, sua quarta queda consecutiva e o menor resultado final desde 12 de maio, quando parou em 136.563,18 pontos.

Durante o dia, o índice oscilou quase 2 mil pontos nos dois sentidos, entre a mínima de 136.482,87 e a máxima de 138.471,10 pontos, com giro de R$ 20,8 bilhões. No ano, o Ibovespa sobe 13,72%.

Para analistas, o maior peso no cenário local foi a discussão sobre o Imposto de Operações Financeiras (IOF), para a qual se espera uma solução até o fim desta semana. “É um assunto que ainda causa desconforto”, diz Rodrigo Alvarenga, sócio da One Investimentos, referindo-se à indicação da Fazenda de que enviará uma proposta estruturada ao Congresso para modificar o decreto presidencial.

“Há receios domésticos como o IOF, ainda no radar: o que vai acontecer, de que forma vai ser desenrolado e o quanto o aumento vai ser desidratado, ou não”, resume Alison Correia, analista e cofundador da Dom Investimentos. Ele aponta, também, que as preocupações quanto ao aumento do IOF e os ruídos domésticos em relação à condução fiscal colaboram para a alta dos juros futuros, com efeito direto em especial para as empresas do setor de consumo, além dos bancos. 

Ibovespa: confira as principais altas e baixas do dia

As perdas do índice na sessão foram mitigadas pelo desempenho favorável das duas principais empresas da carteira, Vale (VALE3, +0,88%) e Petrobras (PETR3, +0,30%; PETR4, +0,58%), com o petróleo mostrando alta perto de 3% no fechamento da sessão em Londres e Nova York. 

Entre os bancos, o Bradesco (BBDC3, +0,29%; BBDC4, +0,25%) conseguiu se descolar do dia majoritariamente negativo para os grandes bancos, com Santander (SANB11, -0,74%) e Itaú (ITUB4, -0,70%) à frente.

Já a Gerdau (GGBR4, +5,05%) teve uma das principais altas do dia, com projeções de ser beneficiada pela alta das tarifas de aço e alumínio anunciadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, com validade a partir de quarta-feira (4). A empresa tem plantas em território norte-americana que tendem a ser beneficiadas.

Bolsas de Nova York sobem com siderúrgicas em destaque 

O setor metalúrgico ajudou as bolsas norte-americanas a subir, revertendo a tendência dos mercados asiáticos e europeus no início do dia, e superando a troca de acusações de Trump com a China.

Confira os fechamentos do dia em Nova York:

Entre as principais empresas do setor, a Cleveland-Cliffs subiu 23,7%, a Nucor ganhou 10,2% e a Steel Dynamics avançou 10,3%. Fora desse mercado, a mineradora de ouro Newmont se destacou, com alta de mais de 5,5%, e a Boeing avançou 2%, depois que o Bank of America recomendou a compra das ações.

Por outro lado, General Motors (-3,87%) e Ford (-3,85%) recuaram refletindo o temor de que as novas tarifas sobre o aço elevem os custos de produção nas fábricas americanas. Já a Tesla caiu 1,09%. “Investidores e empresas continuam enfrentando muita incerteza relacionada às tarifas, à política fiscal e a como a política monetária vai responder”, afirmou Bill Merz, do U.S. Bank Wealth Management.

Com Estadão Conteúdo

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