Apesar de pressão em Petrobras e BB, Ibovespa sobe e retoma 142 mil pontos
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O Ibovespa teve um dia de ganhos moderados, mas consistentes, nesta quarta-feira (15), suficiente para retomar o patamar dos 142 mil pontos ao fim do pregão. O movimento positivo ocorreu mesmo diante das quedas em ações de peso como Petrobras (PETR3, -1,40%; PETR4, -0,90%) e Banco do Brasil (BBAS3, -1,84%), que refletiram fatores pontuais de mercado.

No caso do BB, os papéis foram pressionados por notícias de que o banco, junto à Caixa Econômica Federal, deve ser chamado a auxiliar o governo na reestruturação dos Correios, em meio à crise da estatal.
Vale sustenta o índice; Petrobras limita ganhos
Durante o dia, o principal índice da B3 oscilou entre 141.153,91 e 142.905,10 pontos, encerrando a sessão aos 142.603,66 pontos, em alta de 0,65%. O volume financeiro somou R$ 45,5 bilhões, impulsionado pelo vencimento de opções sobre o índice. Na semana, o Ibovespa acumula avanço de 1,37%, enquanto no mês ainda recua 2,48%. No ano, o ganho chega a 18,56%.
Na ponta positiva, Assaí (ASAI3) disparou 5,98%, seguida por MRV (MRVE3, +4,81%) e Raia Drogasil (RADL3, +4,54%). Entre as blue chips, Vale (VALE3) subiu 1,86%, mesmo com o recuo de 1,46% do minério de ferro em Dalian (China). Bradesco (BBDC3, +1,30%; BBDC4, +1,17%) e Santander (SANB11, +1,75%) também figuraram entre os destaques positivos.
No campo negativo, as maiores quedas vieram de Embraer (EMBR3, -2,44%), Brava Energia (BRAV3, -2,24%) e Prio (PRIO3, -2,04%).
Exterior segue favorável com expectativa sobre o Fed
Os preços do petróleo caíram cerca de 0,7% em Londres e Nova York, pressionados por temores de excesso de oferta e incertezas nas relações entre EUA e China, mesmo com expectativa de encontro entre Donald Trump e Xi Jinping.
Ainda assim, o cenário externo seguiu favorável para o Brasil, segundo João Soares, cofundador da Rio Negro Investimentos. Ele destacou o movimento do câmbio — o dólar caiu 0,14%, a R$ 5,46 — e as falas recentes de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), consideradas “suaves” pelo mercado.
“Sem sombra de dúvida, o que tem motivado as altas na Bolsa brasileira vem muito do otimismo e da expectativa de quedas de juros nos Estados Unidos, o que resulta em atração de fluxo estrangeiro”, observou Leonardo Santana, sócio da Top Gain.
Segundo o especialista, o mercado precifica dois novos cortes de juros pelo Fed até o fim do ano. “Isso vem sendo evidenciado, cada vez mais, em indicadores econômicos como os da ADP sobre a folha de pagamentos, que têm mostrado um mercado de trabalho menos aquecido”, completou.
Maiores altas e baixas
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
Última cotação do Ibovespa
O Ibovespa encerrou as negociações da última terça-feira (14) em leve queda de 0,07%, aos 141.682,99 pontos.
Com Estadão Conteúdo