Ibovespa cai aos 139 mil pontos com Petrobras (PETR4) pressionando; dólar recua

O Ibovespa (IBOV) encerrou o pregão desta quarta-feira (3) em queda de 0,34%, aos 139.683,63 pontos, registrando a terceira sessão consecutiva de perdas e afastando-se dos níveis recordes. O movimento reflete uma combinação de fatores externos e domésticos, incluindo desvalorização do petróleo e dados da produção industrial no Brasil.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/04/1420x240-Planilha-vida-financeira-true.png

No câmbio, o dólar à vista recuou 0,40%, cotado a R$ 5,4529, com os investidores monitorando a expectativa de cortes de juros nos Estados Unidos e o enfraquecimento da moeda americana.

Altas e quedas do Ibovespa

Entre os destaques do índice, Cosan (CSAN3) liderou os ganhos, com os investidores precificando a possibilidade de desinvestimento da Raízen (RAIZ4), joint venture da companhia com a Shell. A petroleira Brava Energia (BRAV3) foi a maior queda do dia, pressionada pelo desempenho do petróleo, que recuou 2,23% nos contratos futuros do Brent, negociados a US$ 67,60 o barril.

Os papéis da Petrobras (PETR3; PETR4) também recuaram, refletindo a queda da commodity no mercado internacional, enquanto os bancos sofreram pressão após receberem questionamentos do Departamento do Tesouro dos EUA sobre a Lei Magnitsky. Entre as principais instituições, Banco do Brasil (BBAS3) caiu 0,69%, Itaú (ITUB4) perdeu 0,86%, Santander (SANB11) recuou 0,07% e Bradesco (BBDC3) teve leve alta de 0,14%.

Marcelo Bolzan, planejador financeiro e sócio da The Hill Capital, afirma: “A bolsa brasileira operou em ligeira queda ao longo de todo o dia. A divulgação do IBGE mostrou que a Produção Industrial de julho caiu 0,2%. Nitidamente, na minha visão, é o impacto de uma política monetária contracionista, com taxas de juros do país em 15% ao ano. Nos EUA, bolsas operam de forma mista. Dow Jones negativo, refletindo mercado de trabalho mais fraco. S&P 500 e Nasdaq sobem, impulsionados pelas ações de tecnologia. A queda do Ibovespa é pressionada pelas ações da Petrobras e pelo cenário de consumo mais fraco, enquanto os destaques positivos são ligados à economia doméstica, como C&A e CVC.”

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/03/Ebook-Acoes-Desktop.jpg

Dólar e bolsas nos EUA

Nos Estados Unidos, os principais índices acionários fecharam de forma mista, com o Dow Jones recuando 0,05%, aos 45.271,23 pontos. O S&P 500 avançou 0,52%, aos 6.448,26 pontos, e a Nasdaq subiu 1,03%, aos 21.497,72 pontos. O movimento refletiu dados do mercado de trabalho mais fracos, com o relatório Jolts mostrando desaceleração nas vagas abertas, além de decisões judiciais impactando papéis de tecnologia, como Alphabet e Apple.

O dólar recuou frente ao real, negociado a R$ 5,45, influenciado por indicadores econômicos menos pressionados e expectativa de cortes de juros pelo Federal Reserve em setembro.

Maiores altas e baixas do Ibovespa

Maiores altas e baixas do Ibovespa

Ibovespa encerrou as negociações da última terça-feira (2) em baixa de 0,67%, aos 140.335,16 pontos.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/04/1420x240-Planilha-vida-financeira-true.png

Maíra Telles

Compartilhe sua opinião