Ibovespa sobe aos 132 mil pontos com exterior; Braskem (BRKM5) dispara 7%, Vale (VALE3) sobe 3% e Casas Bahia (BHIA3) lidera as perdas

O Ibovespa encerrou a sessão de hoje (21) em alta de 1,05% aos 132.182 pontos, renovando assim a máxima histórica de fechamento. Na mínima intradiária, o índice tocou 130.822,35 pontos. Na máxima, chegou aos 132.276,93. O volume financeiro do dia foi de R$ 20,20 bilhões.

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Após o movimento de realização observado na véspera, o Ibovespa hoje voltou a operar em um tom de maior otimismo, com os investidores seguindo o mercado norte-americano e já projetando o cenário para 2024.

Nos Estados Unidos, o dia ficou marcado pela divulgação do PIB trimestral, que avançou 4,90% no período entre julho e setembro, abaixo da expectativa de 5,20%. O dado aponta para uma economia um pouco mais fraca que o esperado, o que dá munição para a tese de corte de juros em um futuro próximo.

Com isso, o mercado em NY fechou em alta:

  • Dow Jones: +0,87% a 37.404 pontos
  • S&P500: +1,03% a 4.746 pontos
  • Nasdaq: +1,26% a 14.963 pontos

“Com a chegada do final do ano e uma grande diminuição de dados que possam afetar o mercado acionário, os investidores trabalham com uma projeção do que pode ser o ano de 2024. Nesta quinta feira, o Ibov refletiu a continuação do otimismo e apetite ao risco que vemos nas últimas semanas. Acredito que o índice deva se acostumar a trabalhar acima dos 125 mil pontos, sem grandes movimentos de alta ou realizações de lucros nos últimos dias de 2023, salvo aconteça algo muito fora da curva”, diz Anderson Silva, head de renda variável e sócio da GT Capital.

O dólar à vista fechou em queda de 0,49% a R$ 4,8877, após oscilar entre R$ 4,8645 e R$ 4,8997.

Após altas seguidas, refletindo a tensão no Mar Vermelho, o petróleo voltou ao campo negativo nesta quinta, o que ajudou a frear o desempenho da Petrobras. Petrobras ON (PETR3) fechou estável a R$ 38,11, e Petrobras PN (PETR4) teve leve ganho de 0,03% a R$ 36,39.

Já a Vale (VALE3) teve forte alta de 3,33% a R$ 76,97, com o minério de ferro fechando nas máximas de duas semanas na China, refletindo a expectativa por uma demanda mais forte no gigante asiático. Entre outros papéis do setor de mineração e siderurgia, Usiminas (USIM5) subiu 3,75% a R$ 9,13; CSN (CSNA3) avançou 3,65% a R$ 19,05 e Gerdau (GGBR4) teve ganhos de 2,77% a R$ 23,40.

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Entre os bancos, a maior alta foi de Itaú (ITUB4), +0,68% a R$ 32,79, seguido por Santander (SANB11), +0,22% a R$ 31,38; Banco do Brasil (BBAS3), +0,15% a R$ 54,29 e Bradesco (BBDC4), +0,06% a R$ 17,27.

A principal alta do dia foi de Braskem (BRKM5), +7,07% a R$ 21,05. A empresa está sendo investigada pela Polícia Federal no âmbito da operação Lágrimas de Sal, que visa abastecer o inquérito sobre a exploração de sal-gema em Maceió.

Grupo Soma (SOMA3), +5,41% a R$ 7,40 teve a segundo maior avanço da sessão, com Gol (GOLL4), +5,35% a R$ 9,06 vindo logo na sequência.

“Com o afundamento da mina 18 já estabilizado e com a declaração do presidente Lula de que poderia liberar mais recursos para Maceió através da Petrobras, Braskem teve um dia de retorno. Além dela, destaque para as companhias aéreas, que devem surfar a redução da Selic e o possível crescimento de demanda no setor”, afirma Silva.

Na ponta negativa, Casas Bahia (BHIA3) liderou as perdas com -5,12% a R$ 10,38, após ter disparado na sessão de ontem. Alpargatas (ALPA4), -2,25% a R$ 9,13 e IRB (IRBR3), -2,02% a R$ 48,55, completaram a lista de maiores recuos do Ibovespa.

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Guilherme Serrano Silva

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