Ibovespa sobe 1,20% e se beneficia de corte de juros iminente nos EUA

O Ibovespa registrou um avanço de 1,20% nesta terça-feira, 5 de setembro, fechando aos 142.691,02 pontos. O movimento positivo foi amplamente influenciado pelo cenário externo, com destaque para o payroll abaixo das expectativas nos Estados Unidos. Os dados de emprego, que mostraram a criação de apenas 22 mil vagas em agosto, reforçaram a expectativa de que o Federal Reserve poderá cortar juros já em setembro. Isso gerou um fluxo positivo para os mercados emergentes, beneficiando a cotação do real e influenciando a queda das taxas de juros no Brasil.

Christian Iarussi, economista e sócio da The Hill Capital, explicou que a alta do índice é resultado de um “tripé” que inclui o payroll fraco nos EUA, a desvalorização global do dólar e o fluxo favorável para os emergentes. “O corte do Fed reflete-se indiretamente no Brasil, via câmbio e condições financeiras, o que pode abrir espaço para um possível corte de juros no Brasil. No entanto, o Copom ainda depende de dados domésticos para definir a Selic”, afirmou Iarussi.

Movimentação nos setores

No mercado doméstico, a alta do Ibovespa foi impulsionada principalmente pelos bancos, que se beneficiaram da queda das taxas futuras curtas e do maior apetite por risco. Além disso, a leitura positiva sobre o reforço regulatório do Banco Central e a discussão sobre fintechs contribuiu para reduzir incertezas concorrenciais no setor financeiro.

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Entre as maiores altas do dia, destaque para as ações de CSAN3, que subiram 1,40%, e MGLU3, que avançaram 6,47%. Já as ações da Casas Bahia (MGLU3) apresentaram uma leve queda, após um rali expressivo nos últimos dias. O movimento foi considerado uma realização técnica, após uma valorização superior a 100% entre agosto e setembro, impulsionada pela reestruturação conduzida pela Mapa Capital.

Cotação do dólar

O dólar comercial terminou o dia com uma queda de 0,63%, sendo cotado a R$ 5,41, refletindo o enfraquecimento global da moeda norte-americana e o fluxo favorável para ativos emergentes.

Fechamento das bolsas americanas

Nasdaq: -0,03% (+1,14% na semana)

Dow Jones: -0,48% (-0,32% na semana)

S&P 500: -0,32% (+0,35% na semana)

Última cotação do Ibovespa

 Ibovespa encerrou as negociações da última quinta-feira (04) com alta de 0,81%, fechando o pregão aos 140.993,25 pontos.

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Maíra Telles

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