Ibovespa amplia perdas aos 126 mil pontos; NY avança, Rede D’Or (RDOR3) tem a maior queda, Telefônica (VIVT3) lidera ganhos e dólar sobe

O Ibovespa abriu a sessão desta quarta-feira (14) em baixa, e por volta das 15h50, o índice recuava 0,93%, aos 126.835 pontos. O pregão de hoje, o primeiro após o feriado do carnaval, é mais curto, uma vez que teve início às 13h.

O recuo se ajusta à desvalorização as bolsas norte-americanas na véspera, após o índice de inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de janeiro dos Estados Unidos emperrar as apostas sobre o início do corte dos juros no país. Em Wall Street e na Europa, as bolsas buscam recuperar parte da queda passada.

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O petróleo ampliou as quedas na casa de 1%, enquanto a Petrobras segue a tendência baixista: Petrobras ON (PETR3) cai 1,01% a R$ 42,31 e Petrobras PN (PETR4) perde 0,36% a R$ 41,15.

A Vale (VALE3) opera em queda de 0,15% a R$ 65,82, após o minério de ferro ter apresentado forte alta nesta madrugada na China.

A maior alta do Ibovespa é de Telefônica (VIVT3), +2,16% a R$ 54,82, seguida por Alpargatas (ALPA4), +1,86% a R$ 8,78 e Natura (NTCO3), +1,09% a R$ 16,66.

Na ponta negativa, Rede D’Or (RDOR3) cai 4,17% a R$ 26,64. Na sequência aparecem SLC Agrícola (SLCE3), -4,01% a R$ 18,43 e Eneva (ENEV3), -3,98% a R$ 12,32.

Mercado em NY

As bolsas de Nova York operam em alta nesta tarde, em movimento de recuperação após o Dow Jones, na véspera, ter apresentado seu pior desempenho desde março de 2023.

Confira a cotação do mercado em NY por volta das 13h20:

  • Dow Jones: +0,14% a 38.325 pontos
  • S&P500: +0,55% a 4.980 pontos
  • Nasdaq: +0,82% a 15.783 pontos

Maiores altas e baixas do Ibovespa

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Cotação do dólar

A cotação do dólar hoje avança 0,30% a R$ 4,9687.

O dólar se ajusta à valorização externa da moeda na última terça-feira e dos juros dos Treasuries, após o dado de inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos em janeiro mais forte que o esperado, conforme divulgação feita na terça.

A valorização do dólar (interna) nesta quarta-feira é contida, no entanto, pela queda externa dos juros dos Treasuries e da moeda americana ante pares rivais e as moedas emergentes e ligadas a commodities, que já reagiram ontem durante o feriado local à perspectiva de adiamento do início do corte de juros nos EUA para junho, após a inflação norte-americana acima do esperado.

No radar dos investidores

Os investidores repercurtem o índice de preços ao consumidor, o CPI dos Estados Unidos, que apresentou alta de 0,30% em janeiro ante dezembro, fazendo com que o indicador anual atingisse 3,10%. O número veio acima do consenso, o que fez com que as bolsas americanas reagissem de forma negativa.

Os ativos brasileiros devem se ajustar ao cenário internacional após dois dias de bolsa fechada. Nesse período, ações nacionais listadas em NY seguiram operando, como foi o caso de Cosan (CSAN3) e BRF (BRFS3), que recuaram 6,3% e 3,4%, respectivamente, no acumulado desses dois dias.

Bolsas asiáticas fecham em queda

As bolsas da Ásia e do Pacífico encerraram os negócios desta quarta-feira majoritariamente em baixa, após dados de inflação dos EUA mais fortes do que o esperado derrubarem Wall Street ontem.

O índice japonês Nikkei caiu 0,69% em Tóquio, a 37.703,32 pontos, depois de renovar máxima em 34 anos no pregão anterior, e o sul-coreano Kospi recuou 1,10% em Seul, a 2.620,42 pontos. Na Oceania, o mercado australiano ficou no vermelho pelo terceiro dia seguido, com queda de 0,74% do S&P/ASX 200 em Sydney, a 7.547,70 pontos.

A falta de apetite por risco veio após as bolsas de Nova York sofrerem perdas de até quase 2% ontem, em reação a números da inflação ao consumidor (CPI) dos EUA acima das expectativas, que adiaram a precificação de um corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

A exceção na Ásia hoje foi o Hang Seng, que avançou 0,84% em Hong Kong, a 15.879,38 pontos, na volta de feriados.

Os mercados da China continental e de Taiwan, por sua vez, seguem fechados em função do feriado do ano novo lunar.

Europa sobe com CPI

As bolsas da Europa fecharam majoritariamente em alta, em uma recuperação após balanços mistos e dados locais ajudarem na correção de parte das perdas da terça-feira, quando a divulgação do índice de preços ao consumidor acima do esperado nos Estados Unidos pesou nos ativos. Os papéis do ABN Amro subiram após o banco holandês anunciar lucro acima do previsto e programa de recompra de ações. Na direção oposta, a Heineken e ThyssenKrupp despencaram diante de reações a resultados e projeções.

Em Londres, o FTSE 100 subiu 0,75%, aos 7.568,40 pontos. A taxa de inflação do Reino Unido manteve-se inalterada em 4,0% em janeiro de 2024, mantendo-se perto da mínima de dois anos e abaixo da expectativa do mercado de 4,2%. No entanto, o índice segue o dobro da meta do Banco de Inglaterra de 2,0% ao ano. O DAX, referencial de Frankfurt, subiu 0,38%, aos 16.945,71 pontos. Em Paris, o CAC 40 avançou 0,68%, aos 7.677,35 pontos.

A Capgemini saltou 6,95%, liderando como maior alta no índice principal de Paris, depois que o grupo de serviços digitais reportou receitas melhores do que o esperado no quarto trimestre e previsões tranquilizadoras em termos de margens e fluxo de caixa livre. O dividendo proposto foi aumentado em 15 centavos de euros para 3,40 euros.

O ABN Amro avançou 6,81% na Bolsa de Amsterdã após o banco anunciar lucro líquido de 545 milhões de euros no quarto trimestre de 2023, maior do que o ganho de 354 milhões de euros apurado em igual período de 2022, de acordo com balanço divulgado nesta quarta-feira. O resultado superou a expectativa de analistas, de lucro de 397 milhões de euros, segundo consenso fornecido pelo próprio banco.

A Heineken teve rumo oposto e cedeu 6,33% em Amsterdã. A empresa de cervejas holandesa afirmou que o crescimento anual do lucro operacional poderá ficar entre uma porcentagem baixa e alta na casa de um dígito em 2024, enquanto alertou que as difíceis condições econômicas poderão pesar sobre a procura de seus produtos em alguns mercados este ano.

Fora do DAX, as ações da Delivery Hero dispararam 22,80% após a empresa alemã de entrega de produtos alimentícios informar que sua geração orgânica de caixa será mais do que suficiente para fazer frente aos vencimentos de seus títulos de dívida.

Outra empresa fora do índice DAX, a ThyssenKrupp derreteu 10,53% em Frankfurt. A companhia alemão de engenharia industrial e siderurgia registrou prejuízo líquido atribuível aos acionistas de 314 milhões de euros no exercício do primeiro trimestre fiscal, em comparação com um lucro de 75 milhões de euros em período equivalente de 2023. O EBIT ajustado foi de 84 milhões de euros, abaixo dos 168 milhões de euros, diante da redução das contribuições para os lucros da unidade Steel Europe devido à queda das vendas e, como esperado, ao declínio dos lucros dos negócios individuais da Decarbon Technologies, segmento com tecnologias para descarbonização.

Em Madri, o Ibex 35 teve variação de -0,08%, aos 9.916,60 pontos. O PSI-20, de Lisboa, cedeu 0,55%, aos 6.100,10 pontos. E o FTSE MIB subiu 0,63%, aos 31.329,38 pontos.

Entre outros dados macroeconômicos divulgados, o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro ficou estável no quarto trimestre de 2023. A produção industrial da zona do euro subiu 2,6% em dezembro ante novembro de 2023. O resultado surpreendeu analistas consultados pela FactSet, que previam recuo de 0,2% no período.

*Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo

Ibovespa na última sexta-feira

O Ibovespa encerrou o pregão da última sexta-feira (09) em baixa de 0,15%, aos 128.025,70 pontos.

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Guilherme Serrano Silva

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