Ibovespa segue NY e fecha em alta, aos 132 mil pontos; Petrobras (PETR3) cai com queda do petróleo e Azul (AZUL4) decola

O Ibovespa fechou em alta de 0,31%, aos 132.426, pontos.

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O petróleo encerrou em forte queda nesta segunda-feira: na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para fevereiro de 2024 caiu 4,12% (-US$ 3,04), a US$ 70,77 o barril, enquanto o Brent para março, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), cedeu 3,35% (US$ 2,64), a US$ 76,12o barril. Isso prejudicou o desempenho da Petrobras: Petrobras ON (PETR3) reduz quedas do índice com -1,86% a R$ 39,33. Petrobras PN (PETR4), -1,11% a R$ 38,29, tem o terceiro maior recuo da sessão.

Nessa esteira, a Prio (PRIO3) a segunda maior queda do índice, com -2,02% a R$ 45,15.

Já a Vale (VALE3) perde 1,21% a R$ 73,75, em linha com a queda do minério de ferro nesta madrugada na China. A CSN Mineração (CMIN3) lidera perdas, recuando 1,78%, a R$ 7,72.

Na ponta positiva, a maior alta do Ibovespa é de Azul (AZUL4), com +6,72% a R$ 14,76.

Mercado em NY

As bolsas em Nova York, que abriram de forma mista nesta segunda-feira, com os investidores digerindo os números do payroll, divulgados na última sexta-feira, e à espera dos dados de inflação, a serem anunciados na próxima quinta, passaram a subir e terminaram em alta.

Confira o desempenho do mercado em NY no fechamento:

  • Dow Jones: +0,58% a 37.683 pontos
  • S&P500: +1,41% a 4.763 pontos
  • Nasdaq: +2,20% a 14.843 pontos

No radar dos investidores

Após um payroll forte na última sexta-feira (05), os investidores agora aguardam os dados de inflação nos Estados Unidos, a serem divulgados na quinta-feira. O número deve dar mais pistas sobre a condução da política monetária americana, bem como ditar o humor dos mercados globais nos próximos dias.

Além disso, os investidores devem monitorar de perto a situação na China, onde um grande conglomerado financeiro pediu falência e um executivo da subsidiária de veículos elétricos da incorporadora Evergrande foi preso.

O petróleo, que hoje opera em forte queda, também deve ser um ponto de atenção. Isso porque a Arábia Saudita reduziu os preços de exportação da commodity para clientes da Ásia aos nível mais baixos em mais de dois anos, reforçando a tese de que a demanda global por petróleo está fraca.

Maiores altas e baixas do Ibovespa

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Cotação do dólar

A cotação do dólar tinha leve queda de 0,04% a R$ 4,8725 por volta das 15h45.

A alta do dólar reflete a cautela predominante no mercado global. Os investidores começam a semana analisando alguns indicadores econômicos mais fracos que o esperado na Europa, enquanto aguardam dados de inflação no Brasil e nos Estados Unidos que serão divulgados ao longo da semana, principalmente na quinta-feira.

Bolsas asiáticas fecham em queda

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta segunda-feira (08), com a piora do sentimento após um grande conglomerado financeiro chinês pedir falência.

Na semana passada, o Zhongzhi Enterprise Group, um “shadow bank” (banco paralelo) que fornecia empréstimos ao setor imobiliário chinês, teve pedido de falência e liquidação aceito por um tribunal de Pequim. Além disso, um grande executivo da subsidiária de veículos elétricos da incorporadora Evergrande foi preso sob suspeita de “crimes” não especificados.

Na China continental, o índice Xangai Composto teve queda de 1,42% hoje, a 2.887,54 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 1,88%, a 1.740,08 pontos.

Em outras partes da Ásia, o Hang Seng caiu 1,88% em Hong Kong, a 16.224,45 pontos, com tombo de 6% da China Evergrande New Energy Vehicle. O sul-coreano Kospi cedeu 0,40% em Seul, a 2.567,82 pontos, mas o Taiex contrariou o viés negativo da região e subiu 0,31% em Taiwan, a 17.572,66 pontos.

Em Tóquio, a bolsa não operou hoje devido a um feriado no Japão.

Na Oceania, o mercado australiano ficou no vermelho pelo quarto pregão consecutivo. O S&P/ASX 200 teve baixa de 0,50% em Sydney, a 7.451,50 pontos.

Europa fecha em alta

fecharam em alta nesta segunda-feira, com recuperação na reta final do pregão em meio ao renovado ímpeto em Wall Street. A confiança de que os principais bancos centrais do mundo cortarão juros ajudou a mitigar os efeitos do tombo de cerca de 4% do petróleo.

O índice FTSE 100, de Londres, encerrou com ganho de 0,06%, aos 7.694,19 pontos, na máxima do dia. Shell (-3,11%) e BP (-4,26%) contiveram a valorização da referência na capital britânica, diante da queda das cotações de petróleo, que respondiam à decisão da Saudi Aramco de reduzir preços para vários países.

A Shell, em particular, alertou nesta segunda-feira que o balanço do quarto trimestre de 2023 incluirá um impacto de US$ 2,5 bilhões a US$ 4,5 bilhões em baixas contábeis, que foram compensadas por um aumento significativo do comércio de gás.

O movimento da commodity foi responsável pelo clima de cautela que imperava na abertura dos negócios. No entanto, o alívio nos rendimentos de Treasuries e nos títulos da dívida dos países da zona do euro contribuiu para a recuperação verificada nas horas seguintes.

Investidores se mantêm confiantes de que Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Banco Central Europeu (BCE) e Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) cortarão juros este ano. A decepção com dados de varejo no bloco da moeda comum e da indústria alemã, no período da manhã desta segunda-feira, reforçam a tese de que o BCE pode relaxar a política em breve.

“Uma coisa parece certa: os cortes nas taxas estão chegando, com a questão principal sendo o momento, e é aqui que o mercado pode estar se adiantando”, afirma a CMC Markets.

Neste cenário, o índice CAC 40, de Paris, avançou 0,40%, a 7.450,24 pontos. Na contramão, o papel da Casino perdeu 3,87%, após a varejista francesa revelar que a Comissão Europeia autorizou que um consórcio liderado pelo bilionário Daniel Kretinsky assume o controle da empresa.

Entre outras praças, o índice DAX subiu 0,74%, aos 16.716,47 pontos, na máxima intraday. Em Milão, o FTSE MIB ganhou 0,42%, aos 30.569,92 pontos, enquanto o Ibex 35, de Madri, se elevou 0,44%, a 10.208,93 pontos. Exceção, o PSI 20, de Lisboa, caiu 0,85%, aos 6.478,25 pontos. As cotações são preliminares.

*Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo

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Guilherme Serrano Silva

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