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Hypera (HYPE3): “Ter marcas funciona melhor que ser dona de patentes”, diz diretor de RI

Hypera (HYPE3). Foto Divulgação

Hypera (HYPE3). Foto Divulgação

Em um mercado em que ter a patente de moléculas pode garantir uma dianteira de décadas, a Hypera (HYPE3) está confiante na sua estratégia de investir no fortalecimento e manutenção do market share que as suas marcas ocupam. Entre elas, estão nomes prontamente reconhecidos como Benegrip, Engov ou Coristina D.

Adalmario do Couto, diretor de Relações com Investidores (RI) da Hypera, avalia que, apesar de faturamento com medicamentos genéricos estarem crescendo acima da média do mercado, o grande valor está nas marcas próprias de medicamentos, em especial as que não dependem de receita médica para serem comercializadas.

“A gente gosta de comparar marcas. Criar do zero é difícil”, disse no encontro Pharma Conference, promovido pela XP Investimentos, com a participação de investidores e dos principais nomes do mercado de farmácias e farmacêuticas.

“As marcas funcionam melhor que a patente. Se fizer um trabalho bem feito, uma marca dura por toda a vida”, adicionou o executivo da Hypera.

Hoje, as vendas do mercado farmacêutico são divididas entre o segmento de prescrição, que responde por 37% do faturamento, de genéricos, 28%, vendas sem prescrição (OTC, na sigla em inglês), 20%, e biossimilares, 15%. Do total, 60% são do mercado de varejo e 40% do mercado institucional, como governo e empresas.

Segundo Couto, além da estratégia da empresa de alavancar as marcas que são líderes da categoria e continuar desenvolvendo e investindo em novas marcas, a Hypera também espera avançar não só no mercado de genéricos para hospitais, mas também em produtos oncológicos e biológicos a partir de 2025.

O plano dá sequência à tática recente adotada pela Hypera em se retirar do segmento de produtos vendidos em supermercado, como xampus, desodorantes e produtos de higiene e beleza, em favor das prateleiras de farmácias em que as restrições às margens são menores.

Entre os desafios para o futuro, Couto destaca que o setor farmacêutico tem se adaptado às mudanças de consumo da população, especialmente no que diz respeito à imagem das marcas. Se há alguns anos, a publicidade em televisão era dominante, hoje boa parte do público migrou para a internet e redes sociais.

Para 2022, o executivo da Hypera espera que a perspectiva de fim da Covid-19 restabeleça as condições do mercado anteriores à pandemia.

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