Hospital Mater Dei pede registro de IPO para acelerar crescimento

A rede de saúde Hospital Mater Dei protocolou na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pedido de registro para realizar uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês).

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A notícia vem pouco mais de dois depois de outra rede hospitalar brasileira, a Rede D’Or (RDOR3), movimentar R$ 11,39 bilhões, na terceira maior abertura de capital já registrada na Bolsa de Valores de São Paulo (B3). Também na corrida pela consolidação no setor de serviços de saúde, a Mater Dei vai buscar uma oferta pública de distribuição primária e secundária de ações para dar continuidade e acelerar sua estratégia de crescimento.

De acordo com a empresa, os recursos líquidos da operação serão utilizados para viabilizar aquisições de outros provedores de serviços de saúde em praças estratégicas no Brasil, bem como startups e healthtechs que veem agregar valor ao negócio.

 

Além disso, os recursos também serão utilizados para seguir com o crescimento orgânico, por meio da construção de novos hospitais e da ativação de leitos já existentes.

Os principais acionistas da Mater Dei são o fundo JSS Empreendimentos e Participações, com 76,52% da companhia; Henrique Moraes Salvador Silva, que detém uma posição de 4,95%; Renato Moraes Salvador Silva, cuja participação chega a 4,68%; Marcia Salvador Geo, com 3,39%; e Maria Norma Salvador Ligório, com pouco mais de 1%.

O IPO da Mater Dei será coordenado pelo BTG Pactual (BPAC11); Bradesco BBI, Itaú BBA, J.P. Morgan e Banco Safra.

Perfil corporativos e resultados da Mater Dei

Fundada há 40 anos, a Rede Mater Dei se coloca como um ecossistema integrado na prestação de serviços hospitalares e oncológicos, com 18,0% do market share de leitos privados na região metropolitana de Belo Horizonte, de acordo com CNES (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde).

Conforme dados de 31 de dezembro de 2020, a companhia possui 1.081 leitos hospitalares distribuídos em suas três unidades na região metropolitana de Belo Horizonte. Além disso, a empresa registra obra em curso de uma uma nova unidade, em Salvador, com capacidade para 367 leitos hospitalares e um centro médico com mais de 10.000 metros quadrados. A previsão para início de suas operações está fixada no primeiro semestre de 2022.

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No acumulado do ano passado, a Mater Dei apurou um lucro líquido de R$ 72,643 milhões, ante R$ 138,104 milhões em 2019. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) caiu de R$ 257,846 milhões para R$ 155,298 milhões na mesma base de comparação. A receita líquida de serviços hospitalares passou de R$ 732,639 milhões para R$ 717,861 milhões.

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Arthur Guimarães

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