Após fusão, novo horizonte da Americanas S.A. (AMER3) divide analistas

Concluída a combinação de negócios entre Lojas Americanas (LAME4) e B2W (BTOW3), analistas iniciaram a cobertura de Americanas S.A. (AMER3), companhia resultante da fusão, com teses distintas de investimentos.

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A Americanas reuniu as lojas física da Lojas Americanas, além de uma participação de 57% na Ame Digital, com o e-commerce da B2W. As ações da última passaram a ser negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) com o ticker “AMER3“. Os papéis LAME3 e LAME4 tornaram-se um veículo de investimento com participação somente na nova companhia.

O racional por trás da operação reside no longo histórico de proximidade entre a Lojas Americanas e a B2W, um laço estreitado nos últimos anos com a criação da Let’s e da Ame Digital, ressaltaram os analistas do Goldman Sachs em relatório. A separação jurídica e financeira, no entanto, limitava a integração.

“A combinação deve, portanto, criar maior eficiência em logística e atendimento, estoques, dados do cliente, fornecimento, inovação e financiamento. Além disso, desbloqueará certas sinergias fiscais e simplificará a contabilidade e a governança,” escreveram Irma Sgarz, Felipe Rached e Chandru Ravikumar.

Na visão dos analistas, a expectativa de crescimento do mercado relativamente baixa. Acreditam que uma execução aprimorada, medida pela aceleração do crescimento do volume bruto de mercadoria (GMV), aliada a um grau de disciplina na geração de margem e fluxo de caixa, é a receita para o avanço do papel. A história, apesar disso, continua um “pague para ver”, segundo eles.

O Goldman tem recomendação de Compra para Americanas, com preço-alvo de R$ 77, um potencial de valorização de 24%.

Ativa não vê relação risco-retorno atrativa em Americanas

Em relatório, a Ativa Investimentos reconheceu a eliminação de questões burocráticas e o ganho de agilidade para o gerenciamento e a procura de M&A. Outro ponto destacado pela corretora foi a presença de sinergias, com fim de possíveis overlaps entre as operações.

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Mesmo assim, a Ativa disse não enxergar uma relação entre risco e retorno atrativa para a tese de investimento da nova companhia.

A corretora tem recomendação Neutra para Americanas, com target de R$ 73,10, upside de 18,1%.

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Arthur Guimarães

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